VOO LIVRE REVISTA LITERÁRIA - NÚMERO 10

(MARINA MARINO) #1

Sendo assim, usei de outra
aguardente,eaproveiteioaçúcarque
tinhasidocomprado,oDemerara.


Como sou um formigão, e
porqueo Demerara não adoça tanto
quanto o açúcar refinado, tive que
despejar seis ou sete colherezinhas
nocopo paraque o gosto ficassedo
meuagrado.


Edepoisdetercolocadopedras
degelosuficientes, fuiàmesa, onde
me aguardavam quem mais amo, e
todos os pratos que compõem a
instituiçãonacionaldafeijoada.


Ah! nada como o almoço em
família... O bate-papo fluiu
gostosamente, a feijoada estava
deliciosa,eacaipirinhasuperoumi-


nhas expectativas. – Como minha esposa
não gosta muito dessa bebida, tive que
tomá-laporinteiro,semprecisaroferecer.
Oh!sacrifício...
Mas por ter exagerado nas colheradas, o
que sobrou no fundo do copo foi uma
expressiva quantidade de açúcar
granulado embebido no que restava da
caninha.– Essefato só aparentaser sem
importância.
Depois de me fartar com três pratos de
feijoada–sim,souumbomgarfo–,seria
capazdetrocaromeureinoporumafruta
quemeajudassenadigestão.
E adivinha,leitor amigo, qualafruta que
minhaesposatinhaseparado?Acertouse
pensouemmamãopapaia.
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