MILAGRES, C. S. F; RODRIGUES, W; PEREZ-FRA, M. M; ARIAS, A. I. G. 131
ecológico que beneficiou os proprietários de soja e a prática de que
o turismo resolveria os problemas locais.
Em outras palavras, o que se tem notado nas transformações
é que o espaço de vida do jalapoeiro transformou-se também num
cenário para a manifestação turística, o que gradativamente tem
gerado renda para algumas famílias.
Assim, considerando os meios de vida da população jalapoeira
é importante destacar que tanto o passado quanto o presente estão
inseridos nas experiências dos indivíduos e que os processos sociais
não se encontram afastados da realidade política, cultural e histórica.
A identidade do jalapoeiro pode ser entendida como uma metáfora
para a resistência dessas pessoas que vivem num território que
passou por inúmeras transformações sociais, econômicas, ambientais
e culturais.
No caso do Jalapão, a região necessita de uma análise que relacione
os dilemas da comunidade com as possibilidades de desenvolvimento,
porém que não exclua a potencialidade ambiental que a região possui,
nem tão pouco, as características socioeconômicas do local, mas que
a governança seja pensada a partir dos atores que foram afetados
pela criação de uma região reconhecida, não só como ecológica, mas
também de expansão agrícola e turística.REFERENCIASAQUINO, N. A. A construção da Belém-Brasília e a modernidade
no Tocantins. Dissertação (Mestrado em História) – Universidade
Federal de Goiás, Goiânia, 1996.BANCO DA AMAZONIA. Relatórios de atividades FNO 2014.
Belém: Banco da Amazônia, 2015.