FROIS, R; TUPINAMBÁ, K. R; FONSECA, B. C; OLIVEIRA, D. C. 17
Rodrigues, Maria do Mar Perez-Fra e Ana Isabel García Arías
apresentam o histórico da criação das unidades de conservação
que deram origem à região do Jalapão-TO. E problematizam a
complexidade das contradições que envolvem as comunidades
tradicionais quilombolas, que fazem o manejo do Capim Dourado
envolvendo as unidades de conservação, atividades turísticas sem
fiscalização e a pressão da expansão do agronegócio, uma vez que
a região está dentro da fronteira agrícola do MATOPIBA (Maranhão,
Tocantins, Piauí e Bahia).
No sexto capítulo, “As regiões turísticas do Bico do Papagaio
e do Vale dos Grandes Rios (Tocantins) à luz do Mapa do Turismo
Brasileiro”, Dianine Censon tece reflexões sobre a materialização
da macropolítica de desenvolvimento do turismo brasileiro nos
municípios da região Norte do Tocantins. Problematiza a necessidade
de criação de uma agenda coordenada para construção de políticas
públicas de turismo para a região.
A terceira seção “Organização Comunitária, Meio Ambiente
e Turismo de Base Comunitária”, é aberta com o capítulo
“Organização comunitária e resistência: representações do
assentamento Ilha Verde a partir da imprensa”, Bruno Costa
Fonseca, Fernanda Santos e Deuzivania Oliveira discorrem sobre
o conflito instaurado entre as famílias do Assentamento Ilha Verde,
no município de Babaçulândia, com a Usina Hidrelétrica Estreito
que impactou comunidades de 12 (doze) municípios às margens do
rio Tocantins. A promessa de mitigação dos impactos que reduziu a
atividade turística, ainda não é uma realidade 7 anos depois da instalação
da hidrelétrica. O histórico de resistência das famílias assentadas é
escancarado, ressaltando a disputa em torno dos recursos naturais,
especialmente pela ocupação às margens do lago formado.