MOURA, R. A; MILAGRES, C. F. S; OLIVEIRA, P. C; SILVA, R. 189
Foi possível perceber que a comunidade conhece e sabe
identificar as causas e os problemas de ordem ambiental e de saúde
coletiva nos reassentamentos. Outro ponto importante de destacar
é que em todos os reassentamentos a comunidade conhece as áreas
(lote familiar, reserva legal, APP) e sabe onde estão localizadas, o
porquê que essas áreas existem e qual a importância da conservação
e reestruturação dessas áreas. É com base no uso de técnicas de DRP
que a Equipe multidisciplinar de Educação Ambiental pode ressaltar
que os reassentamentos estão sensibilizados quanto ao uso e cuidado
dessas áreas percebido no cotidiano das famílias que as mesmas já
internalizaram o conceito do que são as áreas produtivas, sociais e de
conservação no reassentamento.
Entendendo que o DRP é um mecanismo estratégico de medição
junto à comunidade, percebeu-se que os dados mapeados e descritos
pelos próprios moradores locais, com base no cotidiano vivido, já
demonstram que a comunidade entende que o reassentamento é
uma nova territorialidade conquistada e que há um consenso entre
todos acerca das áreas em seus respectivos territórios.
Os reassentados estão sensibilizados quanto ao uso dessas áreas
e, por isso, sugere-se para esses públicos temas que envolvam a
sustentabilidade ambiental e estejam alinhados com a organização
produtiva, como a utilização de SAF ́s – Sistemas Agroflorestais e a
utilização de políticas públicas de inclusão produtiva para a geração de
renda.
AÇÕES DESENVOLVIDAS COM A PARTICIPAÇÃO DE
ESCOLARES
No trabalho com estudantes e professores oportunizou-se a
formação crítico reflexiva do estudante para a sua cidadania e a sua
futura intervenção no meio em que vive. A temática abordada dialogou
com os conhecimentos escolares e com o cotidiano dos estudantes
e foram conduzidas de forma articulada com situações-problema que