Lazer_turismo_e_desenvolvimento_regional_na_amazonia_legal

(rafael.frois) #1
SUDRÉ, S. G. S. 231

fundamentais para a viabilidade da atividade turística em longo prazo”
(BRASIL, 2007, p. 22).
É certo que nem todo visitante sobe ao morro apenas para

manifestar a fé, vão para apreciar a paisagem, confraternizar um
momento de lazer em contato com a comunidade e a natureza,
embora sem organização profissional deste atrativo, estes turistas

contribuem para o fortalecimento local.
Ainda que os estudos sobre a sustentabilidade no turismo

cultural sejam preliminares, é possível observar que a implantação da

atividade turística põe o desenvolvimento regional em perspectiva, e

o fortalecimento das identidades culturais prescinde de ações capazes

de consolidar práticas coletivas de gestão dos territórios étnico-
culturais e dinamizar sua economia (CARNEIRO et. al. 2010).
E na APA os eventos são antecedidos de vários esforços da
comunidade a fim de empreender nestes períodos de maior fluxo de
visitantes, seja com artesanatos dispostos na casa dos moradores da
comunidade, seja com a alimentação ou suporte ao visitante.
A prática de atividades de esporte, ecoturismo e turismo de
aventura, também já mobiliza a comunidade, e o local já sediou
eventos amadores de corridas, caminhadas, trilhas de mountain bike
e trilha de moto, atividades que aliam a prática esportiva ao contato

com a natureza.
A gestão da unidade de conservação, APA Pé do Morro não
tem instrumentos legais próprios, como o plano de manejo, o que

compromete o desenvolvimento do potencial do turismo local,
ainda não se desenvolveu mecanismos de articulação para geração
de renda, trabalho, sensibilização e valorização cultural, educação
ambiental e garantia da conservação social e ambiental.
Se tratando, portanto, de uma Unidade de Conservação da
categoria de uso sustentável, a APA tem um de seus caminhos para
o turismo a ligação essencial com atividades de menores impactos

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