FROIS, R; TUPINAMBÁ, K. R; FONSECA, B. C; OLIVEIRA, D. C. 15
Os capítulos do livro foram divididos em três seções: 1)
Patrimônio Cultural, Lazer e Etnoturismo; 2) Desenvolvimento
Regional e Políticas Públicas; e 3) Organização Comunitária, Meio
Ambiente e Turismo de Base Comunitária.
Na primeira seção dedicada ao “Patrimônio Cultural, Lazer e
Etnoturismo” pesquisadores estabelecem diálogo a partir dos campos
da antropologia, do lazer e turismo. No primeiro capítulo “Festejo
da abolição e patrimônio imaterial na Comunidade Quilombola
Dona Juscelina/Muricilândia – TO: Potencialidades para o
turismo cultural”, Khalla Tupinambá, Kênia Costa e Arystóteles
Borges, apresentam as representações do patrimônio imaterial
da comunidade Dona Juscelina por meio do Festejo da Abolição,
tendo como principais informantes os organizadores e mestres das
manifestações culturais apresentadas no Festejo, os quais demarcam
de modo preponderante a identidade quilombola na comunidade. O
texto, além de ser uma oportunidade para pesquisadores interessados
nas práticas de lazer e cultura da população quilombola do Tocantins,
também tece reflexões sobre as possibilidades de se pensar o turismo
cultural em comunidades quilombolas.
No segundo capítulo “Práticas culturais do Povo Akwê-
Xerente: descolonizar o lazer”, Khellen Cristina, José Alfredo
Debortoli e Beleni Saleté Grando apresentam um capítulo que tem
como proposta descolonizar os conhecimentos historicamente
determinados pela ciência ocidental moderna, realizando um
movimento de abertura para os conhecimentos gerados e vividos
nas práticas sociais cotidianas de lazer/cultura do povo Akwẽ-Xerente
do estado do Tocantins.
Na perspectiva etnográfica, Tharyn Teixeira e Mario Cruz
apresentam no capítulo “Os desafios do turismo na comunidade