AERO RESPONDE
C
om a chegada do inverno,
campanhas de vacinação
contra a gripe se tornam fre-
quentes no Brasil. A época mais fria do
ano é propícia para deixar as pessoas
com tosse, congestão nasal ou espirros
severos, tanto de dia como à noite. Em
muitas regiões do país, o inverno é
também a época do ano que apresenta
dias com condições meteorológicas
muito favoráveis ao voo, por ser uma
estação predominantemente seca. Mas,
mesmo tentado observar das alturas
um belo pôr do sol em uma tarde fria,
melhor ficar em solo quando não esti-
ver se sentindo bem.
POSSO VOAR
RESFRIADO?
Muitos podem pensar que “é ape-
nas um resfriado”, mas voar quando
se está doente nunca é uma condição
saudável ou segura, seja você um
passageiro ou principalmente um pi-
loto. Se terá o comando da aeronave,
você não será capaz de se concentrar
totalmente nas tarefas exigidas do
voo em todas as suas etapas, especial-
mente se você não estiver dormindo o
suficiente como resultado de sintomas
desagradáveis de resfriado ou gripe.
Além disso, muitos medicamentos
para resfriados fazem com que você
fique sonolento, o que seria tão preju-
dicial como voar alcoolizado.
Ainda temos de considerar
que a diferença de pressão at-
mosférica a que estamos expostos
atua diretamente no corpo huma-
no e, com o nariz entupido, tanto
piloto como passageiro estarão
sujeitos a dores lancinantes de
ouvido, episódios de tontura e a
consequente perda de atenção aos
parâmetros e controles de voo.
Em suma, voar doente é um
caso de aumento de risco ao voo
e compromete a sua segurança. É
papel de cada piloto saber se está
ou não apto fisicamente para a
realização de um voo.
Avaliar seu estado de saúde é uma das primeiras
medidas para decidir decolar ou não