14 | MAGAZINE^302
NA
REDE
POR | EDMUNDO UBIRATAN, GIULIANO AGMONT E SANTIAGO OLIVER FACEBOOK .COM/AEROMAGA ZINE
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OfabricantejaponêsMitsubishi
anuncioua aquisiçãodas
atividades de manutenção,
suporte, atualização, marketing
e vendas das aeronaves da
série CRJ da Bombardier,
incluindo também atividades
de rede de serviços e suporte
em Montreal e Toronto, no
Canadá, e Bridgeport e Tucson,
nos Estados Unidos. Além
disso, assumirá obrigações no
valor de aproximadamente
US$ 200 milhões. Pelo acordo,
a Bombardier manterá tanto a
produção dos CRJ em Mirabel,
Québec, como o fornecimento
de componentes e peças
sobressalentes, garantindo as
entregas da atual carteira de
pedidos em nome da Mitsubishi,
provavelmente até o segundo
semestre de 2020.
Confirmada a transação,
a Bombardier deve se retirar
completamente do segmento
de transporte aéreo comercial
regular, concentrando seus
esforços na aviação de
negócios. Em junho de 2018,
oscanadensesvenderamsua
participaçãonoprograma
CSeries para a Airbus, que o
renomeou A220. Em seguida,
a Viking Air, que já havia
adquirido os aviões anfíbios
da Bombardier em 2016,
assumiu o programa Q400,
por US$ 300 milhões.
O negócio deve contribuir
para o aprimoramento do
atrasado programa SpaceJet da
Mitsubishi, além de encerrar
uma pendência judicial entre as
duas empresas. Em outubro de
2018, a Bombardier processou
a Mitsubishi, acusando a
então rival japonesa de obter
ilegalmente documentos secretos
do programa CSeries, em
especial dados de certificação.
As aeronaves CRJ
protagonizaram um
importante papel na história
da Bombardier, tornando-se
um dos principais modelos
destinados à aviação regional
e conquistando grande parte
do cobiçado mercado dos
Estados Unidos.
A Infraero cancelou o cronograma de
obras no Santos Dumont e retirou a
Notam que manteria a pista principal
fechada para manutenção entre os
dias 12 de agosto e 11 de setembro.
A mudança ocorreu após a Anac
proibir a operação de aviões com
motor a reação na pista auxiliar do
aeroporto, exigindo uma série de
melhorias antes de autorizar o uso de
aeronaves a jato. A Infraero afirma
que deverá realizar as adequações
exigidas na pista auxiliar, o que deve
permitir a operações de aeronaves
tipo 3C, incluindo os Boeing 737-700,
Airbus A318 e Embraer 190, conforme
homologação. O A319, dependendo
da configuração, pode ser incluído
como Tipo 3C. A Infraero preferiu
não fechar completamente aeroporto,
que movimenta 770 mil passageiros ao
mês. As obras serão reagendadas assim
que o processo de adequação da pista
auxiliar for concluído. A Associação
Brasileira das Empresas Aéreas (Abear)
se posicionou contra a mudança no
cronograma. Segundo a entidade, a
decisão passou a gerar incertezas no
setor, que se programava para alteração
de voos, com destino ao Galeão/Tom
Jobim, e o uso de aeronaves menores
no Santos Dumont, utilizando a pista
auxiliar. Também alerta para o risco
de fechar a pista em datas próximas a
eventos importantes no Rio de Janeiro
ou períodos de maior intensidade de
chuvas, comprometendo a operação na
já limitada pista auxiliar.
O ABRE E FECHA DO
SANTOS DUMONT
BOMBARDIER FORA
DA AVIAÇÃO REGULAR