VOO LIVRE REVISTA LITERÁRIA - EDIÇÃO DE JUNHO - Nº 11

(MARINA MARINO) #1

De mim, fiquei saturada.


Brinquei de ser, eu transformada.


Casa palavra cansada, lar acolhe e expande.


Não é só construção que protege, nem corpo que abriga.


É natureza, planeta, universo, alma.


Cuidadosamente valente,


pelas ruas caminho novamente.
Correm livres crianças com miradas inocentes,


se encantam com flores e joaninhas.


Eu, penso em mortos e doentes.


Oro por cura, vacina ou o que haja falta que se invente.


Estranhar tônica recente.


Conectar necessidade perene.
Quase pirar uma constante.


Desejo mudança, experimento esperança.


E medo, da mutação e do rebrote do vírus,


da estrutura social tão desigual, dual.

Tao.


Os opostos se evidenciam.
Luz e sombra comigo caminham.


Velho, novo, o incerto e o que sempre é.


O eterno no presente, portas para o desconhecido.


Tem mil aromas, cores, sons e sabores.


Tato às vezes áspero, outras vezes agradável.


A vida pós-pandemia é uma amiga indesvendável.


Kel Kamoezze


TAO

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