estrutura constituída de uma camada de células em torno
de uma cavidade cheia de líquido chamada blastocisto,
que se fixa na parede uterina entre o quinto e o 14º dia
após a cópula.
Depois disso, o embrião desenvolve um sistema de
membranas e vasos sanguíneos estreitamente ligado aos
vasos da mãe e, na maioria dos casos, começa a desenvol-
ver-se com a placenta.
Estrutura de extrema importância, a placenta ga-
rante a nutrição, a respiração e a excreção do embrião
no interior do útero, por difusão. Os tipos de placenta
diferem claramente quanto à estrutura e à eficiência. As
mais primitivas, ou seja, pouco desenvolvidas, são as
dos marsupiais.
O período de gestação é bastante variável, sendo,
geralmente, mais longo entre os mamíferos de grande
porte. A duração é influenciada, entre outros fatores,
pelo estado do desenvolvimento do embrião.
A ratazana e o coelho-doméstico têm, em média,
um período de gestação de 22 a 31 dias, respectivamente.
Enquanto o do cavalo é de 336, e o do elefante chega a
20 meses.
Comportamento maternal e a prole
Os mamíferos também se diferenciam pelo cuida-
do com a cria, mais longo e mais dedicado do que em
qualquer outra classe de animais, que tem o seu ápice na
espécie humana.
Em geral, nos mamíferos, todas as mães provêm ca-
lor, alimento e proteção aos filhotes. O tempo e o tipo de
dedicação despendidos variam muito, conforme o grau
de desenvolvimento de cada um ao nascer. Há espécies
cujas proles nascem mais desenvolvidas e logo já estão se
virando sozinhos, em outras, permanecem dependentes
por mais tempo.
Basicamente, pode-se resumir em 4 os principais
tipos de assistência maternal aos pequenos:
Filhotes muito imaturos, marsupiais, são mantidos
na bolsa (marsúpio) até terminarem parte de seu desen-
volvimento;
Filhotes são abrigados em ninhos construídos pe-
las mães (coelhos, ursos etc);
Filhotes são carregados pela mãe (ou pai, no caso
dos micos-leões) durante boa parte de sua infância, rece-
bendo calor, proteção dos predadores e se locomovendo
junto com o bando;
Filhotes nascem precoces, tornam-se independen-
tes rapidamente e requerem o mínimo de cuidado ma-
terno, reduzido, muitas vezes, apenas à amamentação;
geralmente ungulados, veado, boi, cavalo etc.
Crescimento – Observando-se o crescimento de
um mamífero desde a fecundação do óvulo, percebe-
-se que ele é lento no início, depois acelera progressi-
vamente e volta a declinar até parar, quando atingido
o tamanho definitivo.
A velocidade de crescimento também varia enor-
memente entre as diferentes espécies, sendo muito rápi-
do em algumas e mais lento em outras. Um dos índices
mais incríveis é o da foca-elefante (mironga leonina),
animal enorme que chega a atingir até três toneladas
(machos).Uma fêmea, que nasce pesando cerca de 46
kg, pode dobrar de peso em apenas 11 dias, e chega a
quadruplicar em 21.
Comportamento – Por sua grande capacidade de
aprender, recordar e inovar – diretamente ligada ao seu
alto desenvolvimento cerebral –, os mamíferos desta-
cam-se dos outros animais do ponto de vista do compor-
tamento. Muitas atitudes estão ligadas aos hábitos ali-
mentares, à reprodução e à necessidade de se abrigarem.
Algumas espécies, como os castores, por exemplo,
desenvolveram esplêndido comportamento relacionado
à construção de abrigos. De forma cooperada, os mem-
bros de um grupo são capazes de construir fortes bar-
ragens, capazes de resistir a enchentes e temporais por
diversos anos.
Bastante variada é a vida social das diferentes es-
pécies. A mais simples se manifesta no grupo territorial
familiar, no entanto, muitos são os animais que estabele-
cem grupos formados por diversas famílias.
Entre os primatas, ocorrem vários tipos de organi-
zação social. As espécies que habitam terrenos descam-
pados, como os babuínos, costumam viver em grandes
grupos, de até 100 animais, enquanto as que habitam as
florestas, geralmente se organizam em pequenos grupos.
Numerosas espécies de carnívoros formam grupos
de uma ou mais famílias, que, às vezes, não toleram a
presença de outros indivíduos da mesma espécie só que
de um grupo diferente.
Os grandes ungulados, que vivem em descampados,
protegem-se agrupando-se em grande manadas, onde
muitos indivíduos podem vigiar melhor a aproximação
de predadores.
Particularmente interessantes são os comportamen-
tos ritualizados, evidentes durante o cio, manifestados
por gritos e atos violentos entre os machos.
Guia de Animais Brasileiros - 13
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