Visão 1373 [27-06-2019]

(claudioch) #1

ci
""--------------'- c:i


dos tradicionais "sequinhos"
(uma só variedade de peixe,
em jeito de caldeirada), da
massada de cantaril (ou de
outro, à escolha), do arroz de
peixe ou da tranche de robalo
com arroz de mexilhão.
O bacalhau é do melhor,
como já se disse, e vale a pena
lembrar as quatro preparações
tradicionais: à lagareiro,
à Tasca (tipo à minhota),
à Joel (frito com puré) e à Maria
(frito com batatas a murro),
bem como uma novidade,
açorda de bacalhau com alho
e coentros, que é a simplicidade
feita delícia. Quanto às carnes,
são grelhadas no ponto ideal,
exceto os bifes à Lapadusso e à
portuguesa, feitos na frigideira.
Boa doçaria tradicional de
origem casêira, exceto o
Fidalgo, que chega do Alentejo.
Garrafeira de alto nível, tal
como o serviço do vinho.
Muito bom acolhimento.l'l

Nie~oort Vinta~e Porto 1m1


Vinho de antologia


Vamos do vale do Douro ao Monte d'Oiro e daqui
à planície do Alentejo levados pelo prazer do vinho

É enorme, com taninos e concentração



incríveis, o Niepoort Vintage 2017, que
está em processo de engarrafamento e vai
chegar ao mercado ainda durante o verão.
O seu criador, Dirk Niepoort, diz sem
rebuço que "é o vinho do Porto mais
próximo da perfeição" que já bebeu. Dirk recorda,
a este propósito, que o Vintage 2005 foi o primeiro
que achou que era o melhor da sua vida, depois
aconteceu-lhe o mesmo com o 2011, a seguir com
o 2015 , e agora com o 2017. Rende-se à qualidade
excecional dos vinhos e, fatalmente, enamora-se
deles. Quem se enamora, diz - tem de dizer - o que
lhe ~ai na alma. Ora, Dirk Niepoort, que é um dos
protagonistas da revolução por que tem passado
o Douro, distinguindo-se pelo seu espírito tão
irreverente e criativo como independente, enérgico
e talentoso, sabe do que fala. A sua obra é notável, no
Douro, e não só. E a verdade é que este seu Niepoort
Vintage 2017 tem nobreza e classe absolutamente
invulgares. Prestem- lhe a melhor atenção.
Entretanto, na Quinta do Monte d'Oiro - Região
de Lisboa, para as bandas do Oeste-, Francisco
Bento dos Santos continua a fazer vinhos elegantes
com apreciável sentido gastronómico. Já se
encontram no mercado os Quinta do Monte d'Oiro
Branco 2018, Rosé 2018 (ambos biológicos) e Tinto
2016 , e estão a ser muito bem recebidos, como
merecem. Escolhemos o tinto, pela vontade de falar
dele antes que acabe. Mais a sul, no concelho de
Arraiolos, Alentejo, a Herdade de Coelheiras dá-
nos vinhos com elegância e frescura nem sempre
presentes nestas paragens. Aí está, a confirmá-lo,
o Coelheiras Tinto 2017. 111

Nie~oort Vinta~e 1ml
Impressiona com
a cor retinta,
profunda, que se
desdobra em roxo-
.. -escuro no bordo;
o aroma complexo
e cheio de frutos
pretos; o paladar
envolvente com to-
dos os elementos
na mais perfeita
comunhão; taninos
poderosos, ricos,
a acidez e o álcool
em contraponto,
num conjunto har-
monioso de volúpia
e de prazer. São
40 mil garrafas
em disputa: €90

Quinta ~o Monte
~'Oiro Re~ionallisboa
Tinto 1m6
Feito com uvas da
casta Syrah, tem
cor vermelha pro-
funda, entre rubi
e granada; aroma
limpo e fresco a
frutos vermelhos
com leves notas
abaunilhadas e
de especiarias;
paladar elegante e
suave com muito
bom equilíbrio da
fruta e da acidez.
Decididamente
gastronómico. €10

Coel~eiros Re~ional
Alentejano Tinto 2ml
Duas castas
típicas do Alen-
tejo, Aragonez e
Alicante Bouschet,
que se conjugam
para dar um vinho
vigoroso e suave,
de cor rubi com
aroma expressivo,
sobressaindo as
notas de frutos
vermelhos; pala-
dar cheio e fresco,
taninos suaves e
acidez correta que
lhe dá uma frescu-
ra no final. €10

2 7 J U N H O 2 O l 9 V I 5 A O 111
Free download pdf