Visão 1373 [27-06-2019]

(claudioch) #1

futuro -em novembro, inaugura a exposição
retrospetiva dedicada a Eugene Green, cineasta
norte-americano, radicado em França e próximo
de Portugal. No novo edifício, encontra-se
a sala de cinema de 59 lugares, que terá uma
programação regular - nesta primeira fase,
acolherá o ciclo Manoel de Oliveira, Portas
Abertas e, em setembro, será dada carta-branca
ao arquiteto Siza Vieira para apresentar as suas
referências cinéfilas. E ainda o Serviço Educativo



  • com programas para todos os públicos, uns
    mais circunscritos, outros mais ambiciosos
    e de longa duração-, um espaço dedicado
    à investigação, além do depósito onde está
    guardado o gigantesco acervo do realizador.
    A CCMO vai promover inúmeras colaborações
    com Serralves - aliás, as instituições partilham a
    entrada e bilhética -, seja com ciclos de cinema
    em articulação com as exposições do museu, seja
    com atividades do Serviço Educativo que partem
    de instrumentos próprios do cinema para pensar
    as linhas de atuação de Serralves, seja ainda com
    mostras organizadas pelos dois polos, dedicados
    a artistas que trabalhem no cruzamento entre
    cinema e arte contemporânea. Não faltam planos,
    a lembrar a longevidade e a criatividade de Manoel
    de Oliveira.IIJ.Joana Loureiro


...
R. de Serralves, Porto> T. 22 615 6584 > seg-sex l0h-19h, sáb-
dom 10h-20h > €12 (Parque de Serralves+Casa do Cinema)


Uma ramada
de buganvílias
separa os dois
edifícios da
Casa do Cinema
projetados
por Siza Vieira,
um resultante
da reconversão
de uma antiga
garagem, outro
inteiramente
novo, em diálogo
como Parque
de Serralves

Três perguntas a ... António rreto


Diretor da Casa do Cinema Manoel
de Oliveira

1.
Esta casa era um objetivo
de Manoel de Oliveira?
Ao longo de mais de 80 anos, Manoel
de Oliveira reuniu um espólio documental
ligado ao cinema, que ele pretendia colocar
ao serviço da cidade e do público em geral.
Esse acervo, depositado em Serralves, é uma
das peças que estão na origem deste projeto,
além do desejo do próprio realizador de
constituir uma instituição dedicada ao cinema.

2.
O que proporcionará a Casa
do Cinema?
Há uma constante no percurso de Manoel
de Oliveira: tratar de temáticas que têm um
primeiro nível de leitura romanesco, mas que,
ao mesmo tempo, interpelam criticamente
o seu tempo, pela via da alegoria ou da
metáfora. A Casa do Cinema será um espaço
no qÚal se fará uma síntese retrospetiva
do que foi a obra produzida por Oliveira e,
ao mesmo tempo, um balanço de toda
a História do Cinema.

3.
O que teve a sua obra de tão
singular?
Oliveira atravessou todas as transformações
técnicas e estéticas da História do Cinema.
É o único realizador a fazer a travessia do
cinema mudo ao sonoro, do preto e branco
à cor, e chegando até ao cinema digital.
Sempre teve uma enorme
e genuína curiosidade em
relação a tudo
o que era novidade.
E acompanhou todos
os acontecimentos
marcantes do século
XX, funcionando
os filmes como
um repositório de
experiência
passada.
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