— O que você sugere? — Marley pergunta, tocando meu
rosto, seus dedos suaves na minha face.
— Qualquer coisa! — Eu digo.
Ela pensa, seus olhos se acendendo, um sorriso nos seus
lábios.
— Qualquer coisa?
Nós estacionamos em frente ao abrigo de animais e Marley espia
pela janela, animada.
Isso definitivamente não era o que eu tinha em mente quando
falei em comemoração, mas... é importante para ela. Ela tem
falado em adotar um cachorro desde o inverno, mas algo sempre
a impedia.
A expressão determinada em seus olhos me deixa sorridente.
Nada vai impedi-la hoje.
Além disso, eu mesmo estou bem animado. Embora nunca
tenha dito isso para ela, um cachorro é algo muito mais fofinho
que um pato adulto fissurado em pipocas.
Ela se vira para me olhar, a mão na maçaneta da porta.
— O que foi? — Eu pergunto, colocando uma mecha do seu
cabelo atrás da orelha.
— Você vai me ajudar, certo? A cuidar do cachorro?
Eu faço que sim, reconfortando-a.
— Claro.
— Por que e se eu não puder e algo acontecer com ele...?
— Você acabou de ver o que pode fazer, Marley, mesmo
quando acha que não pode. Você é maravilhosa. — Ela ainda
parece ter dúvidas, então eu acrescento: — Mas eu estou aqui.
Sempre.
Ela sorri, seu entusiasmo volta.
Saímos do carro e Marley para no caminho para examinar
botões de flor, a tarde quente de primavera dando a tudo uma
sensação de novidade, alegria e certeza da melhor forma
possível. Eu a cutuco de leve quando ela se inclina para a frente
para cheirar uma flor e a pego antes que ela tropece, nós dois
rindo.