— Hum — eu digo quando ela se afasta, secando suas
lágrimas. — Isso quer dizer que você não está brava por causa
do cachorro?
Ela ri e sacode a cabeça.
— Seria bem difícil ficar brava com uma bebê tão fofa.
Uma hora depois, a turma toda chega, minha mãe, Kimberly e
Sam invadem meu quarto com bagels da loja perto da escola.
Eles se espalham por todos os espaços possíveis e ainda não é
o suficiente. Sam sai do quarto e volta uns segundos depois com
uma das cadeiras vazias da sala das enfermeiras.
Mal começo a comer meu bagel com cream cheese quando
há uma batida na porta e a dra. Benefield entra.
— Perfeito. A gangue completa — ela diz, erguendo os óculos
para a testa. — O que você acha de devolver essa cama? Nós
podemos te tirar daqui nos próximos dias.
Eu quase quebro meu pescoço de tanto fazer sim com a
cabeça.
Eu olho para o lado e vejo Kim praticamente pulando de
felicidade. Eu fico com medo dela estar tão animada que seja
capaz de puxar um grito de torcida inteiro bem aqui.
— Maravilha! Primeiro, nós precisamos planejar um jantar.
Com a Marley — minha mãe diz, já fazendo planos. — E eu vou
tentar me controlar. Eu não vou, você sabe, ser eu mesma. Não
quero ser demais logo no início...
Eu a interrompo, sacudindo a cabeça.
— Seja você mesma, mãe. Você é ótima.
Ela me dá um grande abraço e beija minha cabeça, logo
embaixo da cicatriz. O rosto dela fica sério.
— Me desculpa por não ter acreditado em você.
Eu sorrio para ela e dou de ombros.
— Eu provavelmente também não teria acreditado.
Minha mãe se vira para Kimberly, radiante.
— E você, sua cobrinha.
— Contrabandear um cachorro para dentro de um hospital foi
foda — Sam diz, orgulhoso, congelando quando a dra. Benefield