GUIA EM SEXUALIDADE E DIVERSIDADE DE GÊNERO

(Amanda Madureira) #1

  1. Um ambiente de aprendizagem seguro e saudável;

  2. Abordagens eficazesde ensino que sejamparticipativas, que ajudem osalunos a
    personalizaremasinformaçõesequefortaleçamsuashabilidadesemcomunicaçãoe
    tomada de decisões e no pensamento crítico;

  3. Defesa da juventude e engajamento cívico na elaboração de programas e na
    capacitaçãodealunosparaalémdocurrículo,comoagentesemsuasprópriasvidas
    e líderes em suas comunidades;

  4. Adequação cultural, adaptada conforme necessário parasubpopulações distintas.


Umaabordagemvoltadaaogêneroeaoempoderamentogeraresultadosemesferas,
como casamento precoce, coerção sexual, violência entre parcerias íntimas, bullying
homofóbico,tráficosexualeencorajamentoàdenúnciadaviolência,sejaeladomésticaou
não.
Torna-se importante destacar que, ao repassar informações ao adolescente, o
formador deve evitar comportamento punitivo mediante a gravidez ou as ISTs, pois tal
postura,muitas vezes divulgada pelas mídiase redessociais, atrapalha aautonomiado
jovemeutiliza aestratégiainválidada abstinência do atosexual,tornando secundárioo
enfrentamentoàsquestõesdegêneroesaúdesexualereprodutiva.Ademais,asmudanças
hormonais na puberdade constituem uma força natural de impulsos sexuais, enãosão
inibidas por proibições ou conselhos de postergaçãoda iniciação sexual.
Alguns dos mais importantesdilemas da implementação de políticas públicasque
visem à educação sexual dos adolescentes são o currículo escolar e a formação do
professornesseeixodeabordagem.Nessesentido,aindaque,nateoria,avalorizaçãodo
pensamento crítico dos alunos seja instituída, persiste a ausência de estrutura para a
efetivaçãodessaabordagem, refletindo-se emaulasextensas, cujo aprendizadotorna-se
cadavezmais mecânico, inclusivequando setratadeprevençãodoHIVede educação
sexual.Osesforçosparaumaabordagemdinâmica,tantodapartedoeducador,quantoda
estrutura curricular, devem persistir a fim de que esses alunos possam desenvolver
autonomia e pensamento crítico acerca de seus direitossexuais e reprodutivos.
A Educação Sexual é um instrumento efetivo na prevenção da iniciação sexual
precoceecomportamentossexuaisderisco,sendoaconselhadaasuainstituiçãodesdeo
5°eo6°anoescolar.AOMSconsiderainiciaçãosexualprecoceaocorrênciaderelações
sexuaispênis-vaginaantesdos 15 anoserecomendaapostergaçãodasexarcaparaos 16
anos,pois meninas que iniciam avidasexual antes desseperíodotendemanãoutilizar
métodos contraceptivos apropriadamente e usam menos preservativos nas relações
posteriores.Talcondiçãoafetaodesenvolvimentopsíquico,educacional,socialeemocional
dessas adolescentes, que passam a ter maior chance de gravidez na adolescência,
contaminação por ISTs, lesão precursorade câncer de colo uterino,depressão, ceder a
coerçãosexualdeparceirosedesenvolvercomportamentosderisco(usoabusivodeálcool
e drogas ilícitas e ter múltiplas parcerias).
Uma problemática vigente é o alcance dos adolescentes marginalizados. Nesse
sentido,destacam-seosadolescentesemsituaçãoderua,foradaescola,envolvidoscoma
prostituição infantil, toxicodependentes, juventude soropositiva e adolescentes com
dificuldade de aprendizagem. Para essas categorias, os planos de ação em educação
sexualsãodedifícilconstrução,poissãosujeitosquenãoestãonocontextoescolare,em
geral, não participam ativamente da comunidade. Assim, faz-se necessário maiores
investimentos para com esse público, dado que a vulnerabilidadeé ainda maior entre eles.
Portanto,édesuma importânciaquesepossainvestirnoprotagonismojuvenilpor
meiode encontros, gruposfocais,atividades culturais,psicodramaedebates,emqueos

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