Galileu - Edição 351

(JABSS2000) #1

demais, já que háorisco de aenfermidadeter se alastrado.Aogra-
varesses macacos, os estudiosospretendemcriar um algoritmo que
serácapazdesoarumalertasobreamortalidade dos animais de
forma automática. “O bugio apresenta um rugido que ésuperfácil
de detectar,porqueédelongoalcance. Ese houverredução da taxa
de vocalização, podemosinferir queháaltanataxa de mortalidade
naquelaárea”,explica abiólog aBruna CamposPaula, doutoranda
no Lacmam.OveterinárioAdriano Pinter,pesquisador científicoda
Sucen, que lideraoprojeto, destaca que atecnologiaseriamuito
maiseficiente do queametodologiaatual. “O algoritmo pode inter-
pretarse o animal estásaudável,a formacomo eleestáfazendo a
vocalização, maisfraco ou maisbaixo, ou ausência dela”, explica.


Ainiciativa—que tem financiamento da Fundação de Amparoà
Pesquisa do Estado de São Paulo (Fapesp)econta comaatua-
ção de 20 cientistas —teráainda acolaboração da Fiocruz, que
analisarásangue,salivaefezesdos primatas pararealizar testes
sobreasituação de saúde dos bugios.Também serão investigadas
as principais doenças que os acometem ese eles são sensíveis ao
Sars-CoV-2,coronavírus causador daCovid-19.


Masajustificativaparaavigilância sobreesses animaisvaialém: se-
gundo Pinter,asuperintendência está se preparando parauma even-
tual nova explosão de casos defebreamarela entre2026 e2027.“Os
surtos no Sudeste enoSul serão cada vezmais frequentes”, alerta
oespecialista. “Nossos invernos estão mais quentes, por causa do
aquecimento global. Antesera mais frioeosmosquitos morriamno

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