COMBO SAUDE - VOLUME 1

(O LIVREIRO) #1
confirma
que. na ànãa de fazer a
muitos pais se rendem à barga
e oferecem compensações nem sempre saudá-

veis. "Também c comum proporcionar distrações,com TV ou tablets embalando o momento. Aos pou (^) -
cos a hora das refeições vira motivo de estresse e ten-
são, c isso vai se perpetuando", descreve a nutricionis-
ta expert cm infância Mariana dei Bosco, de Sâo
1‟aukx A expectativa de ver o prato vazio gera frustra-
ção. já que quase 70% dos respondentes contam que o
filho deixa dc lado parte da comida. Segundo Maria-
na. a percepção dos pais é relevante na avaliação das
dilleuklades alimentares, mas ela ressalta que há uma
fase na qual o decréscimo no consumo é esperado.
Nos dois primeiros anos, o desenvolvimento da crian-
ça é acelerado. A partir dai. vem uma redução de rit-
mo e o apetite diminui. É também o período cm que a
seletividade dá as caras. “Ai as famílias passam a for-
çar a comer e isso vira uma bola de neve", avisa.
Não raro, os conflitos gerados por essa situação
respingam na vida social da família c. cm um quarto
dos casos, afetam até a vida conjugal. “É importante
considerar também que a criança com dificuldade ali-
mentar costuma ser estigmatizada, com consequên-
cias emocionais muitas vezes menosprezadas por pais
e médicos", ressalta o pediatra Carlos Alberto Noguei •
ra, diretor do Departamento dc Nutrulogia Pediátrica
da Associação Brasileira dc Nutrologia (AbranX O
embate cotidiano para fazer com que meninos e me-
ninas tenham uma alimentação diversificada e equili-
brada — desafio expresso por sete em cada dez parti-
cipantes — ecoa no receio dos pais sobre os efeitos da
má alimentação na saúde dos filhos. Eventuais prejuí-
zos llsicos c cognitivos ocasionados por déficits nutri-
cionais preocupam boa parte da amostra. E, sinal dos
tempos de pandemia, 86% relatam medo de que a
dieta inadequada prejudique a imunidade.
Na visão dc Mariana, quem acredita não ter con-
trole sobre o que o filho comc precisa refletir que ele
não tem autonomia para ir ao mercado escolher só
aquilo de que gosta. Os pais determinam o que servir
c o horário c o dima cm que isso acontece. E a criança
decide quanto vai comer. „A família éo modelo nesse
processo. Fica difícil ampliar o cardápio quando fru-
tas e verduras não fazem parte dos pratos dos adultas
da casa, como reconhecem 40% dos entrevistados",
analisa. Só que essa conscientização esbarra em resis-
tências dos próprios responsáveis: apenas 20% garan-
tem ter alterado a alimentação da família após rece-
ber instruções do pediatra. “O acolhimento é o
segredo para o engajamenta Não adianta o profissio-
nal dc saúde dizer Isso vai passar‟ c dar uma orienta-
ção genérica", pondera Nogueira. ®
PERCEPÇÕES E PREOCUPAÇÕES
Os responsáveis revelam rereio de que a dieta impor te o desenvolvimento infantil
0 que os pois fazem quando a criança come
menos do que deveria ou se nega a comer
3 -.
Cotocoofo} fühoío)
de castigo enoo
deiua sar do mesa
Quais as causas da dificuldade alimentar
do(a) f ilhota) na opinião dos responsáveis
33.
Exemplos
modequodos
no família (^)
17%
Folio
deiempo
15%
Faflade
onentaçòo
do pediatra
cmreloçooa
olimenioçôo
42 - ,
Oferece algo
dequeele(a) gosio
na sequência
poro que nôofque
sem se alimentar
35 -.
Não oferece nodo
paro que ele(a) se
alimente bem no
refeíçóo seguinte
14 -.
Falta de
acesso o bons
profissionots
dcsaude
enformoçôes
A criança tem o habito de experimentar novos alimentos?
42% 42% (^) 10% 6%
Nao Sim. mas Sm sempre que Moo temo habito
experimento com certa se oferece, elo devanor muito
dficukJode experimenia ooAmentcçóo
| <4 [ VC|A SAUDE IUIH0 2020

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