COMBO SAUDE - VOLUME 1

(O LIVREIRO) #1

texto ANDRE BIERNATH design EDUARDO PIGNATA^


A medicina tradicional chinesa ajuda contra o coronavírus?


Entenda as etapas do projeto que conseguiu
acabar com as reservas de HIV numa pessoa

&&&&&
ÃÃÃAA
&&&&&
AAAAA
Experimento feito em São Paulo
ganhou repercussão global

Eles acabaram divididos
em seis grupos com cinco
voluntários. Cada um
recebeu uma combinação
medicamentosa diferente.

Agora, os experts querem
entender por que só ele teve
esse resultado. Em paralelo,
o combo bem-sucedido será
testado em mais pacientes.

Foram recrutados
30 pacientes
soropositivos.

Além dos antirretrovirais,
o grupo 3 tomou os
remédios dolutegravir,
maraviroc e nicotinamida
(vitamina B3).

Dos cinco voluntários, um
teve a quantidade de HIV
zerada no organismo. Ele
permanece assim pelos
últimas 12 meses.

O


presentado na 23a Conferência


Internacional de Aids, um
trabalho realizado na Universidade
Federal de São Paulo (Unifesp) renova
as esperanças contra o HIV: um sujeito,
tratado com três medicamentos do
coquetel antirretroviral, outras duas
drogas e um suplemento vitamínico,
teve a carga virai zerada e não possui
sinais da infecção um ano após a terapia
combinada. O achado chamou a atenção
por ser o quarto caso no mundo em que
os cientistas conseguiram extirpar o HIV
de alguém - os três anteriores são os
pacientes de Londres (Inglaterra), Berlim
e Düsseldorf (Alemanha). A diferença
do estudo brasileiro é que, até então,
o método utilizado para acabar com
a doença era o transplante de células-
tronco, muito mais caro e invasivo.
“Essa foi uma ótima notícia, mas não
dá pra falar em cura ainda. E preciso
acompanhar o indivíduo e testar se essa
combinação de drogas é efetiva num
grupo maior de voluntários”, avalia
o infectologista Rico Vasconcelos, da
Universidade de São Paulo (USP), que
não participou da pesquisa.

PACIENTE


BRASILEIRO


ESTÁ LIVRE DO


HIV. O QUE ISSO


SIGNIFICA?


Desde que a pandemia começou, em fevereiro de 2020, vários compostos foram avaliados para prevenir ou frearo Sars-CoV-2. Nesse contexto,
alguns profissionais especularam se ervas e terapias originárias da China teriam algum papel a cumprir. “Mas não existem evidências de
benefícios desses tratamentos contra a Covid-19", afirma a médica Raquel Stucchi, da Sociedade Brasileira de Infectologia. Uma revisão
publicada no Thejournalof Alternative andComplemenlary Medicine revelou que apenas dois países incluem a medicina tradicional chinesa
como opção terapêutica contra a infecção: a própria China e a Coreia do Sul. Mesmo assim, esses documentos destacam a falta de provas para
embasar isso. Portanto, antes de fazer uso de qualquer abordagem do gênero, procure informações confiáveis e converse com um especialista.

VEJA SAÚDE SETEMBRO 2020
Free download pdf