a ajuda de um ponto de apoio, conseguiu afastar uma
grande pedra que impedia a passagem. Foi aí que, dando
alguns passos para frente, o desbravador se deparou com
uma espécie de câmara, cujo breu parecia jamais ter sido
rompido.
Como trouxera óleo, pederneira e trapos, logo fez
uma tocha. E se pôs a explorar.
Não foi preciso muito tempo para que uma belíssima
construção de mármore branco, adornada com lápis-
lazúlis, jades e muitas outras pedrarias, se revelasse aos
seus olhos úmidos.
- Depois de séculos!... depois do Tártaro!... Eu
finalmente encontrei a Fonte da Juventude!
O silêncio que se seguiu, fruto do êxtase, foi sendo
rompido à medida que Ponce de León ia prestando
atenção em um suave murmúrio. Aos seus ouvidos,
portanto, não se tratava de um simples filete de água
corrente. Era música celeste, o canto dos Serafins!
E ele andou até a fonte da música... e se ajoelhou
diante dela... e chorou compulsivamente.
Ele triunfava onde muitos sucumbiram.
O prêmio? Um gole vagaroso, lânguido,
inexplicável!...
Depois de sorver dessa água cristalina, e de lavar o
rosto, como a expurgar-se de todos os pecados, Ponce de