Quatro Rodas - Edição 724 (2019-08)

(Antfer) #1

AGOSTO QUATRO RODAS 63
FICHA TÉCNICA
TESTE
Motor: gasoli-
na, dianteiro, 4
cilindros, 2 válvulas
por cilindro, injeção
multiponto analó-
gica; 1.984 cm^3 ;
82,5 x 92,8 mm;
taxa de compres-
são de 10:1; 112 cv
a 5.600 rpm; 17,5
mkgf a 3.400 rpm
Câmbio: manual
de 5 marchas,
tração dianteira
Suspensão:
McPherson inde-
pendente (diantei-
ra), eixo de torção
(traseira)
Freios: disco ven-
tilado (dianteira),
tambor (traseira),
com ABS
Direção: pinhão
e cremalheira,
com assistência
hidráulica
Rodas e pneus:
195/60 R14,
Pirelli P600
Dimensões:
comprimento, 457
cm; largura, 168
cm; altura, 141 cm;
entre-eixos, 255
cm; peso, 1.180 kg,
porta-malas, 363
litros; tanque,
72 litros
TESTE (0 KM):
0 a 100 km/h: 12,44 s
VELOCIDADE MÁXIMA
173,2 km/h
TESTE (60.000 KM):
0 a 100 km/h: 12,09 s
VELOCIDADE MÁXIMA
172,7 km/h

PREÇO (MAR/1992)
66 milhões de cruzeiros
ou US$ 38.865, equiva-
lente hoje a R$ 265.000,
atualizado pelo dólar
Denivan Vargas de Araújo, proprietário da
oficina paulista Auto90. Grande conhecedor
da indústria nacional, foi ele quem cuidou
de toda a mão de obra e coordenou o garim-
po de peças originais. “Essa injeção eletrô-
nica é o terror de quem é dono de VW e Fiat
do começo dos anos 90”, conta Denivan,
que também teve dificuldades em achar os
raros tambores de freio traseiro. Com as pe-
ças na mão, os sistemas do ABS e da ignição
e injeção foram restaurados e o de alimen-
tação foi recalibrado para o percentual de
27,5% de etanol que há na gasolina atual.
As rodas também foram recuperadas e
o interior, inteiramente refeito: carpete e
laterais das portas foram higienizados, mas
o estofamento original se encontrava pre-
servado sob uma capa de curvim. Peças de
acabamento foram substituídas e, por fim, o
rádio/toca-fitas original foi adicionado.
Depois de pronto, o Santana partiu para
um evento emocionante: o reencontro com
a velha equipe da QUATRO RODAS, 25
anos após o histórico desmonte. Douglas
Mendonça, Célia Murgel, Ricardo Dilser,
Angelo Treviso Neto, Eduardo Pincigher,
Bob Sharp, Mário Sérgio Venditti e Cláudio
Larangeira deixaram o autógrafo no para-
-sol do motorista. O fim dessa história só não
agradou ao jornalista Douglas Mendonça.
“O Santana encontrou o merecido descanso
em uma coleção, mas gostaria de ter ficado
com ele. Seu desempenho não surpreende
frente a modelos atuais, mas, além de bonito
e elegante, continua sendo um automóvel
de dirigibilidade agradável. Uma cápsula do
tempo que nos remete àquele momento má-
gico do início dos anos 90.”
Na apresentação após o restauro, o velho Santana renovado encontrou a redação da QUATRO RODAS da época
De volta à vida, o sedã da VW roda como se fosse novo
A antiga equipe da QR deixou sua marca no para-sol

Free download pdf