VOO LIVRE REVISTA LITERÁRIA Nº 14 SETEMBRO

(MARINA MARINO) #1
Sãopáginasdepuroencantamentoatravésdosversoseaindadas

ilustraçõesda escritora,ilustradora epsicóloga, Christianede.Uma

honra para mim contar com parcerias tão significativamente de

peso, de profissionais tão competentes e amigas a quem muito

admiro.

Deixoaquiotextoquedefineolivroemsuacontracapa:

Dica da Adriana Santiago

Esse “nascimento” e
fortalecimentodasmilícias,sedeu“lá
atrás”, em 1985 , juntamente com o
início do processo de
redemocratizaçãodopaís.Ouseja:o
iníciodaformaçãodaonda,enquanto
a democracia era um óleo
escorregadioesuperficialquenãose
misturava naquele caldo grosso e
profundo.
O livro explica o envolvimento
dos batalhões de polícia e dos
paramilitaresquepassaramaexercer
funçõesepreencherlacunasdeixadas
pelo Estado, nas áreas,
especialmente, de segurança pública
e transportes. Aos poucos, os
“negócios” foram crescendo e se
desenvolvendo, prosperando,
passando as milícias a controlar a
venda de gás, além do “gatonet” e
outros gatos mais, e, por fim, a
especulação imobiliária. Construções
mais baratas, mas sem estrutura
adequadaquecolocamasegurançae
a vida das pessoas em risco. A
população amedrontada, pobre e
desamparada,semalternativas,passa
a rezar a cartilha dos mandachuvas
milicianos. A estes ficam os lucros

exorbitantes.

Tudo começa com a oferta de
proteçãoaosmoradoresdobairropor
parte de um ex-policial contra
traficantes de favelas vizinhas etc.
Tudoparecemuitonormalecômodo
paraapopulação,sendooex-soldado
oucapitãovistocomoumguardiãoe
ganhandoasimpatiaeadmiraçãoda
população.Afinal,seoEstadonãofaz,
alguém tem que fazer!, pensam os
moradores.
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