RLPV 5

(Anita Santana) #1

espanhóis, ingleses, numa disputa
por poder interminável. Assim,
temos uma independência
mascarada pela ganância dos,
ainda no comando, homens
brancos, hétero-cristãos, que só
usam a Bíblia quando lhes
convêm, distorcendo sua
interpretação, entre mandos e
desmandos, deixando o povo à
mercê de suas excentricidades e
de sua inépcia na administração
pública.


Que independência temos num
país que tem sua História contada
apenas por um ponto de vista: o
da elite dominante? Elite esta que,
em sua indolência e não
disposição ao trabalho, sempre
viveu da exploração dos mais
humildes. Elite que se acha
superior às demais classes sociais
e está enlameada na corrupção
que criou para se manter no poder.
Talvez, a parcela da sociedade
que se considera “a nata”, esteja
“azeda” demais e tenha de ser
jogada fora, numa reciclagem não
só de pessoas, mas de ideologias e
de valores, que não mais
representam a coletividade, e nem
pensam ou agem em favor da
população, massacrada em
impostos, para que a “maquina”
do sistema capitalista se sustente.
A que custo?


Um país em que só apresenta nos
livros didáticos o homem branco,
hétero-cristão? Até


embranqueceram Machado de
Assis, o fundador de nossa
Academia Brasileira de Letras
(ABL), porque a ancestralidade de
seu intelecto não poderia ter saído
da senzala e nem poderia entrar
pela porta dos fundos na
Literatura, dada sua genialidade.
Quanta hipocrisia!

Não havia outras adesões
religiosas por aqui, além do
Catolicismo? Só em terras
tupiniquins, a segregação religiosa
perdurou por tanto tempo. O
ecumenismo é fenômeno recente.
A imposição da fixação de
crucifixos em espaços públicos e a
proibição aos negros de
realizarem seus rituais religiosos,
considerados, pela ignorância
popular considerados satânicos,
não realizar a lavagem das
escadarias da Igreja do Senhor do
Bonfim, em Salvador, foram
alguns dos piores atos de
desvalorização das crenças do
verdadeiro "povo brasileiro". As
religiões só assumem importância
e destaque nacional, quando
servem de "massa de manobra
política". E assim, mata-se o
direito à liberdade de credo,
expressa em nossa Carta Magna.
Haverá lugar para elas em nossos
livros de História?

Não há homossexuais no Brasil?
Ah, poupem-me! Quem, em nome
da “moral e dos bons costumes”
(ditados por quem?) é o
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