No degrau intermediário está gente como Ibram X. Kendi, ativista
“antirracismo” que recebeu vários prêmios via fundações, o último sendo
o Macarthur “Genius” Award deste ano, no valor de 625 mil dólares, e
todas as milhares de pessoas que ganham dinheiro escrevendo livros
sobre o assunto, dando palestras e principalmente dando os cursos
obrigatórios de sensitização racial e de gênero em grandes corporações —
um mercado que movimenta não milhões, mas bilhões de dólares no
mundo todo.
Um grau abaixo estão membros de ONGs e de grupos identitários que
ganham a vida orientando canais de televisão sobre como fazer séries
sobre temas raciais e de gênero, e editoras como editar os livros sobre
racismo e gênero. Disse “orientando”, mas já que não é mais possível
dispensar a presença desses grupos, talvez “ordenando” seja um verbo
mais preciso. Nesse grau da pirâmide também estão roteiristas e
escritores que são colocados por esses movimentos dentro das salas de
roteiro e das editoras. Esse grau da pirâmide age a meio-caminho de um
sindicato tradicional e de uma boa e velha máfia siciliana de proteção.
No degrau abaixo estão pessoas como a chef argentina Paola Carosella e
o comediante Fabio Porchat, que se declaram racistas publicamente,
tentando vender a ideia de que toda a sociedade é racista; tudo o que
conseguem pela venda do produto é o benefício psicológico duvidoso de
se sentirem, momentaneamente, boas pessoas.
Um degrau mais abaixo, o prêmio é que você vai conseguir manter o seu
emprego — e isso só talvez, se você ou a sua empresa continuar
comprando os cursos de sensitização racial e de gênero ministrados pelas
pessoas de níveis acima do seu.
Na parte mais baixa da pirâmide estão, bom, os seus filhos, e todas as
pessoas que estão nascendo tarde demais para lucrarem nesse vasto
esquema de pirâmide ideológica.