Federal, Ibaneis Rocha, a suspender o lockdown em Brasília – o
emedebista tinha acabado de decretar o fechamento do comércio por 15
dias, porque os hospitais da capital estavam abarrotados de pacientes
com Covid. “Lockdown não salva, lockdown mata”, dizia a
confeiteira. “Governador, deixa a gente trabalhar!”, bradava ela ao final do
vídeo, de punhos cerrados, com os empregados repetindo o grito, em
coro. Bolsonaro reproduziu o vídeo (assista abaixo) e escreveu: “O povo
quer trabalhar”.
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A doceira construiu uma relação estreita com a família presidencial nos
últimos tempos. Com frequência, ela presenteia os Bolsonaro com doces
e bolos personalizados. No segundo semestre do ano passado, por
exemplo, preparou os quitutes de uma festa organizada por Michelle para
comemorar, no Palácio da Alvorada, o aniversário do maquiador Agustín
Fernandez, tido como o melhor amigo da primeira-dama – o bolo e os
docinhos reproduziam peças da marca de luxo Louis Vuitton. A Crusoé,
Maria Amélia disse que evita falar de sua proximidade com a família do
presidente, e com Michelle em particular. “Eu não tenho o direito de falar
dessa proximidade. Acho isso tão delicado.” “Eu gosto de ter proximidade
com pessoas do bem. Então, com certeza vou ter com eles. Tenho muito
carinho por eles, e eles por mim”, disse. Na sequência, ao ser indagada
sobre a ajuda de Michelle para que a empresa dela obtivesse a liberação
do financiamento na Caixa, ela mudou o tom: “Espero que vocês me
respeitem. Sou uma empresária. Estou muito indignada. Não tenho
nenhum empréstimo em lugar nenhum”.
Após o pedido de Michelle, a confeiteira não apenas aprovou na Caixa um
empréstimo de 518 mil reais, registrado em nome de uma de suas lojas,
como conseguiu que a primeira-dama intercedesse em favor de um casal