Nelson Jr./SCO/STF
Gilmar: um dos padrinhos da iniciativa
Como Lira já tinha embarcado para Roma para participar da cúpula de
presidentes de parlamentos dos países do G-20, coube ao vice-presidente
da Câmara, Marcelo Ramos, do PL do Amazonas, conduzir a
votação programada para esta quinta-feira, 7. Durante todo o dia, o
deputado Paulo Magalhães, autor do polêmico texto substitutivo, fugiu
dos questionamentos dos repórteres e das entidades que queriam
convencê-lo a desistir da proposta. Até o petista Paulo Teixeira, que
redigiu a versão original, disse que só ficou sabendo das mudanças
propostas pelo relator quando o texto dele foi inserido no sistema da
Câmara. Nos bastidores, parlamentares diziam que Magalhães foi o
famoso barriga de aluguel: só havia emprestado seu nome à nova versão
do projeto e que todos os detalhes foram definidos por Lira, acolhendo
pedidos de Gilmar e do PGR, Augusto Aras.
O vínculo de Magalhães com Arthur Lira ficou mais evidente durante a
sessão em que se tentou aprovar a PEC. Enquanto os parlamentares
votavam um requerimento que pedia a retirada da proposta da pauta, o
deputado baiano ficou sentado no fundo do plenário, ao lado do colega
Dudu da Fonte, do PP de Pernambuco, homem de confiança de Lira que