Tânia Brunellode ajuda, como uma cega, eu precisava caminhar, mas não tinha
forças, não conseguia enxergar o caminho, porque no fundo,
naquele momento, eu não queria ser ajudada.
“Eu sou o caminho, a verdade e a vida, dizia‑lhe Jesus.”Jesus era o caminho que Cecília não queria enxergar. Sem que
ela percebesse, desde o dia em que sua irmã lhe passou o recado
do Senhor, começou então uma luta muito forte dentro do seu ser,
do espírito contra a carne, o espírito queria ser livre, ela precisava
desta liberdade, ela precisava de cura, precisava de alguém que
a tirasse do fundo do poço. Como ficarão os teus filhos, quem
os sustentará? Como será? E se eles não tiverem mais a vida
confortável que você lhes está proporcionando? E as tuas dívidas,
como você vai fazer para pagá‑las?
Embora Cecília se sentisse envergonhada com o seu passado,
insisti com minha entrevista, pois senti um enorme desejo de saber
um pouco mais sobre o mundo sujo no qual ela havia entrado, e
de como se havia dado início à sua aliança com as trevas. Não me
contendo, disse‑lhe:
- Cecília, conta‑me um pouco de como se deu a tua aliança
com as trevas, será muito importante que os leitores saibam de
onde Jesus te tirou para que o Seu nome seja glorificado. Contudo,
se você preferir não dizer, eu compreenderei e a respeitarei.
‑ Claro! Tânia, eu entendo que seja muito importante, embora
seja um passado horrível do qual me envergonho, hoje eu sei que
Deus com Sua infinita misericórdia e bondade me purificou e me
fez um vaso novo.
Tudo se deu início, como disse, porque eu estava ferida da
alma, muito furiosa com Deus, decepcionada. Foi então que