Tânia BrunelloNão somos os únicos a nos sentirmos traídos e competindo
com os adversários, o facto de muitas vezes abrirmos mãos de algo
não quer dizer que somos covardes ou péssimos jogadores, não
penso desta forma, acredito que se reagirmos positivamente em
uma decisão de perda é já uma grande vitória. Deus não esteve ali
a se lamentar se, Ele havia perdido a batalha para seus inimigos,
mesmo porque Ele nunca perdeu nada pelo facto de ser um
Deus inteligente, o seu caráter diz que é passivo e Longânimo.
Ele tem uma extrema paciência e sabe esperar a hora certa para
atacar, não se questiona, e não se desanima, não murmura, e não
duvida de si mesmo, acredita nas suas capacidades de lutar e parte
já com a certeza da vitória, conhece os seus competidores, a sua
longanimidade faz com que Ele não se turbe se uma pessoa demora
ou não para se converter, não somos diferentes Dele, pois fomos
criados à sua imagem e semelhança no caráter. Mas ao contrário
de reagirmos como o nosso criador, nós seres humanos temos a
mania de sermos impacientes e tiro isto por mim mesma, quando
quero algo não tenho paciência para esperar a hora certa e o
tempo certo, por exemplo, um dia na igreja resolvemos fazer bolos
para vender na cantina naquela mesma noite, faltava qualquer
hora para o início da pregação, e fazia frio porque era inverno,
o facto de que fosse tarde e os supermercados estivessem quase
fechados dificultou os meus planos de comprar pronta a massa
do bolo, tendo eu mesma que prepará‑la, o problema era que eu,
particularmente, nunca tinha preparado antes uma massa para
bolo, mas para minha sorte e felicidade uma irmã em Cristo estava
ali para me ajudar, então preparei tudo para confeitar e decorar
enquanto ela trabalhava do outro lado a massa, alguns minutos
depois o bolo estava assado, cheiroso e muito bonito, certamente
eu não teria conseguido fazê‑lo sozinha, bom, o importante era
que ele estava pronto! Mas, como não era nada paciente, resolvi
não esperar que esfriasse mais rápido com o ar frio que entrava