AF MULHERES FERIDAS 150x220 V2_bx (2)

(BROOK) #1
Mulheres feridas, nas mãos do Senhor

Eu não posso morrer, tenho que viver para me vingar, eles têm que
pagar por todo o desprezo, eles não me amam, por isso eu estou
tão triste, já não me lavo mais, afinal não há ninguém para me
cheirar, durmo sozinha, sou tão feia, meus cabelos já não são mais
como antes, cheios de vida, porque será que as outras mulheres
são melhores do que eu? O que tem de errado comigo? O que
fiz para merecer isto? O que fiz para merecer tanto sofrimento?
Tanto desprezo? Por favor, ninguém tire de mim minhas feridas.
Ninguém lhes toque, não quero, não permito, quero ficar em
silêncio eu e elas, aqui dentro do meu mundinho, a sós.


As dores, como são excitantes, como é bom deitar na cama
e abraçar o travesseiro, e fingir que é meu bem, apertar bem de
levezinho para que ele não se irrite e vá embora, não ele não poderá
ir embora, porque ele não é real. Sim, vou comer, porque a gula,
a ansiedade me fazem estar melhor, como muito porque não me
importo com minha saúde, afinal ninguém me ama, porque me
cuido? Não posso permitir que acabe o meu cigarro, nem sonho
com isto. Que loucura! Quem sabe se eu beber bastante hoje a
minha tristeza acabe? Mas eu não quero que ela passe, então vou
beber ainda mais, assim ela será constante e real, ninguém pode
saber da minha ferida, porque pode ser que queiram tirá‑la de
mim...


É incrível como nosso adversário destrói a mente das pessoas!
Mas graças a Deus o Espírito Santo a restaura, aleluia!


Por anos Ana alimentou as suas feridas, chorava e não comia,
anos suportando a sua rival e se lamentando! Nossos inimigos só
podem nos afetar quando ainda damos sentidos a estas feridas,
porque afinal como pode fazer mal algo que não existe mais e
que foi cicatrizado? Por tanto tempo Ana esteve na presença
do Senhor e não Lhe entregou as suas dores, mas as alimentava

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