Mulheres feridas, nas mãos do Senhorescolhas erradas, talvez além de ter os seus problemas conjugais
ainda tivesse que enfrentar sérios problemas financeiros ou talvez
problemas com os próprios filhos, quem sabe adolescentes em fase
de rebeldia. Quem sabe?
Nunca saberemos ao certo, embora no parágrafo acima eu
esteja ilustrando alguns casos de “Elcana” do nosso tempo, homens
que como ele também se sentiram e se sentem em um beco graças
às suas escolhas erradas!
Acredito que Ana, apesar da depressão, tenha sido uma
mulher íntegra e boa, pois a palavra de Deus em nenhuma
passagem menciona que ela tenha de algum modo se vingado
das provocações de sua rival, antes levou ao Senhor em oração
a sua queixa, o seu problema, ao contrário de Penina, que sentia
desgosto por saber que seu homem estava amando outra, afinal, se
ruía de inveja por dentro.
Ana tinha medos, quem não os tem? Pavor de perder algo
que temos para alguém ou para qualquer outra coisa. Quando eu
era uma menina minha avó materna sempre me dizia que não
podemos perder o que não temos. As pessoas não nos pertencem,
não são nossas propriedades, elas não são objetos, ou bens materiais,
se na verdade raciocinarmos nem mesmo as coisas materiais nos
pertencem, hora as temos e hora não as temos, os seres humanos
carregam em si um grande senso de possessão, queremos
possuir muitas vezes o que não é nosso e o que não podemos
ter, sempre senti uma forte atração pelo que eu não podia ter,
queria e desejava, sem ter a possibilidade de conseguir, o que me
causava uma grande frustração, como por exemplo ser o centro das
atenções. Quando minha irmã e eu éramos meninas, tínhamos o
costume de disputar os namoradinhos, ainda que eles não fossem
namoradinhos de ninguém, gostávamos dos mesmos meninos,