Mulheres feridas, nas mãos do SenhorElas mostravam umas às outras como era feliz a vida de uma
mulher que se dedicava a criar e educar um filho, e de como era
bom ter uma família de verdade.
Eu desejei não estar ali, mas aquele som de gritos de alegria
me prendia naquele lugar. Eu precisava estar naquela praça, e
observar as famílias que brincavam descontraídas e felizes. Eu
precisava pensar nas muitas escolhas erradas que havia feito e
tentar encontrar uma solução que pudesse dar uma revirada na
minha história.
Por alguns segundos, me esqueci de como o meu Deus fosse
grande, e que tudo estava sobre o Seu controlo. Me bateu uma
imensa saudade das minhas filhas, e eu desejei voltar atrás no
tempo para poder mudar toda a minha história. Ah, se somente
eu pudesse mudá‑la!
No fundo, eu sabia que somente Jesus poderia mudar a minha
sorte, ressuscitar os meus sonhos, e restituir tudo aquilo que o
adversário havia me roubado. Eu sabia que a única forma disto
acontecer seria confiando e esperando no Senhor.
Após um momento de meditação, levantei‑me então daquele
banco frio e me direcionei à saída do parque. Levantei a minha
cabeça e olhei para o céu, ele estava azul, estrelado, e embora fosse
frio, pude sentir algo diferente em minha alma, um fogo que ardia,
e um louvor me veio à mente.
Lentamente fechei os meus olhos, e como se quisesse voar,
abri os meus braços. Sentindo em mim o amor de Deus inundar a
minha alma, sussurrei:
- Sou livre! Sim, eu sou livre!