Mulheres feridas, nas mãos do Senhor
conhecer a deus
Estação do comboio, Milano Central, agosto de 2002.
Mais uma vez, viajei de Itália para Cannes, na França, meu
desejo era somente um, entrar naquele comboio e partir para bem
longe de Milão, pelo menos por alguns dias.
Desejei fugir dos problemas que eu vinha enfrentando,
estresse, depressão, e férias era tudo o que eu precisava naquele
momento (nesta fase eu ainda não conhecia Deus). Após comprar
a passagem (pouco mais cara do que o normal) escolhi uma
poltrona que pudesse me proporcionar o máximo conforto, pois
seria uma viagem de doze horas, e com paradas para desembarque
de passageiros em várias estações.
Feliz, saí da bilheteria às pressas, caminhei confiante até ao
vagão, observei as pessoas que embarcavam, suspirei fundo, e
degrau por degrau, subi até à entrada da cabine que me acomodaria
por todo o trajeto rumo ao tão esperado descanso. Era uma cabine
estreita, com 8 assentos, 4 de cada lado, confesso que não foi amor
à primeira vista, mas enfim, o importante mesmo eram as férias.
Ao controlar a numeração das poltronas, conferi qual fosse o meu