Mulheres feridas, nas mãos do Senhorde Bergamo, para sua surpresa este rapaz não somente sabia onde
existia uma como também a acompanhou a um dos cultos.
Foi ali que conheceu uma jovem chamada Miriam, de origem
etíope, uma jovem que sofrera um acidente na adolescência
restando paraplégica, uma fatalidade que não a impediu de ser livre
e de amar as pessoas com o amor de Jesus e doar‑se inteiramente
a elas. Com sua simplicidade e alegria contagiava a todos os que a
circundavam, Miriam fazia dos dias das pessoas dias melhores, e
com Cecília não foi diferente, a simpatia foi automática, Miriam
se apegou tanto a Clarisse que sempre que podia ia a casa de
Cecília para visitá‑las. Algumas vezes ela as levava para passear em
seu pequeno carro adaptado. Acredito que através desta amizade
Cecília pode sentir o amor de Deus.
Não poderia ter sido diferente, Miriam estava ali no hospital
junto a todos os outros jovens da igreja, demonstrando o seu amor
e lealdade, oravam com muita fé e cantavam hinos de louvores a
Deus, acreditando que somente o Senhor poderia fazer um grande
milagre, intercediam continuamente por Clarisse e traziam ânimo
aos que estavam ali, porém Cecília não conseguia compartilhar de
tamanha fé, pois estava ferida, magoada e irada. A chegada dos
jovens não serviu para trazer alegria a Cecília, que por sua vez
continuava imóvel deitada no colchão no chão, calada, com seus
pensamentos e medos. Ângela, não suportando mais o silêncio da
filha, resolveu sair e conversar com os médicos na esperança de
convencê‑los a fazer a cirurgia.
E após uma longa conversa, os médicos entendendo o desespero
da família, resolveram então operá‑la. Alguns enfermeiros
entrando no quarto pegaram a menina e a levaram para fazer os
últimos exames antes da cirurgia, e consequentemente deixando
todos muito aflitos e ansiosos com o resultado. Durante toda a
espera as orações se tornavam mais intensas.