REVISTA VOO LIVRE 16 - NOVEMBRO

(MARINA MARINO) #1
de temas variados dentro das vivências tão particulares dessa

região do país. São seis também os poemas do homenageado,

Apolinário,poetasantarensefalecidoem 2020.

A obra é de tamanha importância – além de agradável e

impactante leitura – para a divulgação dos poetas de Santarém,

terceiro município mais populoso do estado do Pará e de

fundamental importância aos brasileiros que queiram conhecer a

alma santarena. Mais do queisso: a alma tapajônica.Mais ainda: a

almaamazônica.Almaderioedemata,quecompõemeenriquecem

nossopaís.

Caderno Especial: Dalila Teles Veras

Dalila: uma vida dedicada à
Literatura e às Artes

Falar e/ou escrever sobre
Dalila Teles Veras é falar de
poesia consistente, compro-
metidacomobemfazerpoético
e com o bem fazer poético
conectado ao real, aos aspectos
socialepolíticodenossasvidas.
Dalila Isabel AgrelaTeles Veras,
essa mulher de nome e
personalidadefortes,portuguesa
de nascimento – nasceu em
Funchal, Ilha da Madeira - e
brasileira de coração e alma –
veioparaoBrasilcomapenas 11
anos deidade como pai,mãe e
irmãos – dedicou sua vida às
Letraseàsartes.
Aochegaraindameninaao
Brasil, especificamente em São
Paulo, trazia na bagagem as
lembranças de criança, da terra
natal, e os primeiros anos de
estudos em Portugal. Havia
concluídooprimário,sabialere
escrever.Foi o suficiente paraa
curiosa menina, ávida por
conhecimentos, trilhar seus
caminhosdeautodidata,mergu-

lhando em livros, lendo e
estudando. “Meu pai não era
paupérrimo em Portugal. Ele
eracomerciantelá,tinhacasa
própria,tinhaboascondições.
Acontecequesegastavamuito
com uma mudança desse
porte. Migrar com toda a
família,esposa,filhos.Gasta-se
com passagens, gasta-se para
se instalar. Sendo assim,
chegamosaquienãocontinuei
os estudos formais”, explica
Dalila. “Além do mais, os
temposeramoutros.Amulher
nascia para se casar. Se já
sabia ler e escrever, estava
bom demais”, conta. “Mas eu
não me acomodei. Precisava
trabalhar.Fizocursodedati-
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