E: Então dizemos que o Amor é o motor da consciência.
A: Claro! A manifestação é toda um ato de Amor.
E: Que nasce do Absoluto que não é Amor.
A: Bem, não nasce. Melhor seria um reflexo, uma expressão.
E: O que me chocou é que você disse que no Absoluto, que é nosso
estado de Ser, não havia Amor.
A: Não, o Amor é a união. Mas, no Absoluto, o que é que você quer
unir?
E: O Amor é a união?
A: Claro! O Amor une, é a união.
E: Então, quando morrermos e deixarmos todos os jogos, não
vamos ao Amor, não estaremos no amor (já não sei como
expressar-me, se com maiúscula ou não). Estaremos na não
manifestação.
A: Isso é o amor de ser. Mas se você já não é mais, que Amor quer?
Quando apareceu o Amor? Apareceu com a consciência, quando
apareceu o Eu sou. Antes não havia Amor. Não havia nada que
unir, já que não havia nada. A consciência estava em repouso e
não existia nada que estivesse separado. Não havia mundo, não
havia nada.
E: O que você diz é terrível.
A: Terrível? É tão simples.
E: Sim, eu entendi. Mas, então onde está a alegria?