ELISA-BERNAL-MINHAS-CONVERSAS-COM-ALEGRÍA (1)

(MARINA MARINO) #1

A: Eu não gosto de repetir... (sorriso).


E: Ah, você não gosta?


A: Não, mas se tiver de fazê-lo...


E: Fala-me do sopro de Brahman.


A: Isso é a manifestação. Na Índia, falam de Manvantara (o dia de
Brahman) que seria a exalação; e de Pralaya (ou noite de
Brahman) que seria a inalação, onde a manifestação se dissolve
no Criador. Para quê? Para voltar a aparecer no dia seguinte, e
esse é o jogo, esse é o movimento. Bem, aí está a consciência. O
Absoluto, como não pode ver a si mesmo — estamos falando de
forma conceitual —, ele só se vê através da consciência, que seria
o espelho onde aparecem todos os seres sensíveis. Depois é quando
apareceria o indivíduo. Mas de onde sai esse indivíduo? Porque,
simplesmente há manifestação, ou seja, a consciência em um
veículo, em um corpo. Mas quando aparece o indivíduo? Aparece
quando a consciência se identifica com um corpo.


E: Mas, como você havia dito, “A reversão da alma” o que é?


A: O que chamam de “A reversão da alma” é que, a consciência, de
forma errônea, identificou-se com o corpo e esqueceu-se de sua
verdadeira natureza; esqueceu-se do Ser. E agora, acredita que é
um corpo, por isso diz: “Eu sou fulano de tal, que nasceu em....” Aí
houve um erro de identificação, mas um erro por parte da
consciência. De quem mais? Há alguém mais além da consciência?
Quem teria cometido o erro? Foi a consciência. Digamos que
houve como um esquecimento de sua verdadeira natureza e se
identificou com isso.


E: Sua verdadeira natureza seria O Absoluto.

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