A: Sim, a expiração, quando o ar sai.
E: E o ar entre, e o ar sai.
A: Sim, exatamente igual ao que ocorre com a respiração: inspiro-
expiro.
E: E O Absoluto sempre está aí. E é a consciência a que faz espelho
ao Absoluto para que se manifeste, não?
A: Digamos que para poder conhecer a si mesmo, ou ver-se a si
mesmo.
E: E daí saem os mundos, os jogos, tudo.
A: Exato! Digamos que você olha para o exterior e cria um mundo.
A consciência está aí, sim. Mas quando a consciência não está aí,
seria como uma dissolução. O sonho profundo seria uma
dissolução da manifestação que vivemos todas as noites e onde
não existe consciência de nada. E já não há nem indivíduo, nem
planetas, nem vida, nem mortos, nem há nada.
E: Na realidade, o que vemos, dentro da imensidão de tudo isso, é
que temos nos identificado com o que não somos e sofremos por
nada. Porque não somos nada, apenas um reflexo da consciência.
A: Não somos nada e ao mesmo tempo, “sem mim” não há nada.
Não sou a manifestação, não sou o corpo, não sou este objeto. No
entanto, sem mim não há nem corpo, nem manifestação, nem
objeto.
E: Mas para desdramatizar o cotidiano, por exemplo, o que
vivemos agora com respeito à vacina contra a pandemia, o
sofrimento, “meu” filho, “meu” isto...