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Como chegamos do “Eu Sou”
ao Personagem?
ue dia tão luminoso! Dá vontade de passear pelo jardim. Os
pássaros saem ao nosso encontro. O calorzinho do sol no
rosto me faz sentir bem. Não quero fechar os olhos. Não quero
perder nada deste momento de plenitude. Além disso, hoje me
apetece muito a conversa com Alegría. O tema promete.
Estamos acomodados na sombra, está uma maravilha. Suas
palavras são muito interessantes para mim e aproveito muito
tudo o que descubro em suas respostas. Tenho uma dúvida;
bem, tenho mais dúvidas, mas esta me deixou em suspense
parte da noite.
Aqui está Neo, um de meus cachorros, que igualmente quer
saber sobre seu personagem canino. – Venha, carinho, fique
perto e presta atenção, vamos ver se descobrimos como se
chega do Eu Sou ao personagem (cada um ao seu). O que acha?
Elisa: Bem! Retomemos nossas conversas, Alegría. Uma das
questões, nós a deixamos com o big-bang, que é o Eu Sou e eu
fiquei travada em como chegamos desse big-bang ao personagem
que somos (ou que não somos). Você pode esclarecer?
Alegría: Se é que não temos chegado a nenhuma parte... Onde
você quer chegar sendo a totalidade? Não temos chegado. O
indivíduo, o personagem, é ele quem diz que chegou. Para ele tudo