E: Mas então quem é esse bebê que nasce? Quem é?
A: Ninguém! Ele é a união, a manifestação. É um corpo e
consciência. O que nasce é o corpo.
E: Mas é algo mais, não?
A: Claro! Existe a consciência. O que nasce é o corpo e o que morre
é o corpo, mas não você. Você não é um corpo. O corpo apareceu
para você. E quando digo isso, não me refiro a você como
indivíduo, mas como aquele que apareceu para a manifestação,
ao que é, ao Absoluto.
E: Você disse que apareceu ao Absoluto.
A: Sim, apareceram espontaneamente: corpo e consciência.
E: Vamos ver se compreendi: ao Absoluto, que é o Tudo, aparece
uma consciência com um feto.
A: Não, não. Aparece o corpo e a consciência, resultado da união
de um homem e uma mulher.
E: Pois você me derruba todos os conceitos da alma, reencarnação
e todas as escolas com as quais temos aprendido.
A: Claro! O indivíduo, a mente, não concebe que não há uma
continuação. O ego quer perdurar a todo custo e, como esta vida
é limitada, inventa-se a teoria de que se voltará.
E: Então, para você, o fato de que esse personagem e a consciência
se manifestam, é ele, o personagem, o que não quer terminar.