ELISA-BERNAL-MINHAS-CONVERSAS-COM-ALEGRÍA (1)

(MARINA MARINO) #1

E: Então, quem tem escrito o carretel?


A: Ninguém! Quem escolheria ter uma experiência neste mundo
nessas condições deploráveis?


E: Eu compreendo tua resposta, mas continuo com minha
pergunta e, perdoa a insistência, porque quando deixamos que a
vida flua, tudo vai melhor.


A: Flui o que flui, o que está aí para você. Não flui a vida do
vizinho, flui a tua, a que está no teu carretel.


E: Mas quando flui, por exemplo, eu vejo em minha vida que, o que
tem que ocorrer, era o melhor para mim. Então o que antes eu
não deixava fluir, era o pior para mim. Explica-me isso, por favor.


A: Claro! Aí é onde está a chave, que é a aceitação. Uma vez que eu
aceito o que a vida me traz, uma vez que eu aceito o que está no
meu carretel, tudo flui. Por quê? Porque eu não coloco resistência.
E, ao não colocar resistência, eu não encontro resistência. Muito
simples, seja lá o que aconteça ou não aconteça.


E: Sim, mas eu continuo insistindo. Quando deixamos fluir, tudo é
perfeito, porque todas as coisas que antes não fluíam, de repente
se recolocam.


A: Sim, mas por que não fluíam antes? Há uma causa. Porque
você, como Individuo, queria desenhar uma vida para você, e isso
não existe. A única coisa que pode fazer, a partir dessa aceitação,
é viver o que a vida te traz e soltar o que a vida leva de você.
Assim, efetivamente, você flui com a vida. Uma vez que se mete o
indivíduo com suas ideias, conceitos e padrões, tudo é sofrimento
e tudo é gozo.

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