A: Não, simplesmente que sem consciência não há nada. E se
houvesse algo para adorar, ou alguém a quem pedir algo, seria
essa consciência que abrange tudo, que tudo penetra. Há algum
Deus mais supremo que a consciência?
E: Você chama Deus de consciência?
A: A consciência é o único Deus supremo que há.
E: Aí você tem que me especificar mais, como chegou até isso, de
que a consciência seja Deus.
A: Porque você vê que a consciência participa dos atributos que se
atribuem a Deus, exatamente os mesmos. Por quê? Porque a
consciência é Deus. Sem consciência não há nada. Está em todas
as partes, abrange tudo.
E: Eu havia chamado Deus a primeira manifestação de
consciência, quer dizer, A Fonte. A Fonte de todas as consciências.
A: Sim, sim, sim... tudo isso de “A Fonte” soa muito poético. Mas é
que tudo ocorre dentro da consciência. Não há nada mais! Tudo é
consciência.
E: Vou te explicar como eu via isso de uma forma linear, certo? Eu,
por exemplo, via o big-bang, quer dizer, o Nada e, logo em
seguida, a primeira manifestação da consciência. E isso se
manifestava através de A Fonte e, daí, muitas pequenas fontes
com consciências que podiam, digamos, se dividir,
experimentando o mesmo; como muitas gotas de água em um
oceano.
A: Mas isso é a mente, a imaginação, que o vê assim, de forma
linear.