A: Mas você diz "se ela quiser" como se a consciência fosse um
indivíduo com capacidade de escolha: agora eu quero, agora não
quero.
E: Bem, então vou te fazer outra pergunta: Você, como indivíduo
humano que passou por todo esse processo de despertar, como
chegou a isso? Explica de forma simples. Como você fez essas
considerações que eu me faço? Ou não as fez? E se não as fez, por
que não fez?
A: Mas que considerações você deseja fazer? Uma vez que você
tem claro que a consciência é um estado de sonho, o que você quer
considerar?
E: Pois como você chegou até aqui. De onde você veio?
A: Você considera os sonhos que tem todas as noites?
E: Não, já falamos que não.
A: Então por que considera isso?
E: Porque isso é mais real.
A: Ah! Mais real? Mais real, não sei. Que parece real, porque se
pode objetivar, isso sim, mas não porque seja real; é uma
aparência. O que ocorre é que ao objetivar-se, nós dizemos que é
real.
E: O que quer dizer “objetivar”?
A: Bem! A consciência, o que somos, o que tudo é, essa
subjetividade pura, esse Parabrahman, esse Eu (com maiúscula)
passa a uma objetivação através da consciência.