Clipping Banco Central (2021-11-09-11)

(Antfer) #1

Coluna do Broadcast


Banco Central do Brasil

O Estado de S. Paulo/Nacional - Economia & Negócios
terça-feira, 9 de novembro de 2021
Cenário Político-Econômico - Colunistas

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Autor: CYNTHIA DECLOEDT, TALITA NASCIMENTO,
LUÍSA LAVAL E WILIAN MIRON/ CRISTIANE
BARBIERI (EDIÇÃO) TWITT


Dona de Richards e Ellus manobra credores e gira
dívida de quase R$ 500 mi


Dona das marcas Richards, Ellus, Salinas, VR
Collezioni e Tommy Hilfiger, a InBrands marcou nova
assembleia com os donos de títulos de dívida
(debêntures) na quinta-feira. Mais uma vez, tentará
equacionar seu maior passivo, que beira R$ 500
milhões. Os pagamentos e as mudanças em cláusulas
que regem os compromissos da companhia com esses
papéis estão em aberto há mais de um ano, desde abril
do ano passado. Como tem ocorrido nos encontros
marcados desde 2020, há grandes chances de a
reunião desta semana ser novamente suspensa e
adiada. A InBrands tem conseguido ganhar tempo
graças a algumas estratégias de seu principal sócio,
Nelson Alvarenga, e à boa vontade de seus credores.


Acionista comprou parte da dívida


Nelson Alvarenga comprou uma boa parte dessas
debêntures. Para manter a InBrands, ele consegue
capital de giro para o funcionamento do dia a dia da
empresa por meio de fundo de recebíveis gerido por um
dos detentores desses títulos de dívida, a Quatá
Investimentos. Bancos não têm interesse em executar
Já os outros debenturistas, os bancos Itaú Unibanco,
Bradesco, ABC Brasil, Votorantim, também têm pouco a
ganhar, caso executem a companhia. Além de dívidas
menores, as instituições têm como garantia das
debêntures a marca VR, que vale menos do que as
outras do grupo.

RESPIRO. Segundo um dos credores, Alvarenga tem
conseguido 'pilotar' bem a situação. A trégua nos
pagamentos tem beneficiado a companhia. No segundo
trimestre, o prejuízo caiu para R$ 3, 2 milhões, ante R$
40, 3 milhões um ano antes. Já a geração de caixa ficou
positiva em R$ 12, 4 milhões, de abril a junho deste
ano.

CANJA DE GALINHA. Os bancos, porém, têm
acelerado as provisões. Alguns já colocaram mais de
50% da dívida na categoria de calote. Também tentam
conseguir como garantia marcas mais valiosas, como
Richards ou Ellus. São logotipos que enchem os olhos
de interessados em aquisições, mas afastam ofertas em
razão da complicação financeira da companhia.

RETOMADA. Procurada, a InBrands disse em nota que,
'como diversas empresas do setor, passou por
momentos desafiadores durante a pandemia. A
companhia, em função da retomada e de seus esforços
para obtenção de ganhos de sinergia, apresentou nos
últimos meses resultados consistentes, o que
demonstra claramente o foco na entrega de valor a
todos os stakeholders (partes interessadas)'.

TMJ. A respeito das dívidas, a InBrands diz que 'se
encontra em dia com todas suas obrigações junto aos
bancos debenturistas, seus fornecedores e demais
parceiros, mesmo após ter vivenciado a pior crise da
história. Os bancos debenturistas vêm apoiando a
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