Clipping Banco Central (2021-11-13)

(Antfer) #1
Banco Central do Brasil

Folha de S. Paulo/Nacional - Poder
sábado, 13 de novembro de 2021
Banco Central - Perfil 1 - COAF

que os ex-assessores de Flávio só usavam seus
celulares em locais distantes da Assembleia.


QUAIS PROVAS AINDA ESTÃO VÁLIDAS?


Elementos importantes ainda estão preservados pelas
decisões judiciais atualmente em vigor.


Relatório do Coaf


O principal deles é o relatório do Coaf que gerou a
investigação contra o senador e Queiroz. Ele descreve
saques e depósitos na conta do ex-assessor entre
janeiro de 2016 e janeiro de 2017 que somam R$ 1,2
milhão.


Os dados já indicavam, na origem da apuração,
características do esquema da "rachadinha". Já era
possível identificar que os depósitos ocorriam em datas
posteriores e próximas ao de pagamento de salários na
Alerj. Também é possível ver que Queiroz sacava boa
parte do valor que entrava, sugerindo que sua conta era
apenas uma passagem.


Há ainda outros cinco relatórios do Coaf com
informações adicionais.


Mensagens entre Queiroz e ex-mulher de miliciano


Também estão preservadas as mensagens entre
Queiroz e Danielle Mendonça da Nóbrega, ex-mulher do
miliciano Adriano da Nóbrega, no ano passado.


Elas foram obtidas na Operação Intocáveis, outra
investigação que apurava a atuação da milícia em Rio
das Pedras, comandada por Adriano. O celular de
Danielle foi apreendido na ocasião.


Em março de 2017, Queiroz diz a Danielle que enviará
seu informe de rendimentos da Assembleia Legislativa
do Rio. Em janeiro de 2018, pede para que a ex-
assessora lhe informe a quantia depositada naquele
mês para ele "prestar a conta".


Neste período, em 2017 e 2018, os dois também falam


sobre envio de cópia da declaração do Imposto de
Renda de Danielle para Queiroz.

O MP-RJ avalia que essas mensagens indicam que ela
era uma funcionária fantasma com participação na
"rachadinha". Além disso, mostraria que Queiroz
informava sobre os desvios "a outros integrantes da
organização criminosa".?

Confissão de ex-assessor

A confissão de Luiza Souza Paes foi feita após o
Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro entender que o
caso não deveria ser mais conduzido por Itabaiana. Em
razão disso, ela prestou depoimento a promotores que
atuavam com autorização do então procurador-geral de
Justiça, Eduardo Gussem, a quem cabe investigar
casos de foro em segunda instância.

Ela confirmou que recebia sem trabalhar e repassava a
maior parte de seu salário a Queiroz. A ex-assessora
não mencionou o envolvimento do senador no caso.

Luiza esteve lotada por um ano no antigo gabinete do
senador e depois foi para a TV Alerj, ligada à
presidência da Casa. Por todo o período, repassou os
recursos a Queiroz.

Versão de Queiroz

A única versão oficial de Queiroz para a movimentação
financeira em sua conta bancária também segue válida.
Ela foi oferecida espontaneamente ao Ministério Público
sem a intervenção de Itabaiana.

Nela, o ex-assessor confirmou que recebia parte do
salário de alguns colegas de gabinete. Contudo, disse
que o objetivo era, com esse dinheiro, remunerar
funcionários informais de Flávio em bases eleitorais. Ele
disse que o senador não tinha conhecimento da prática.

Imagens de Queiroz

Ainda está preservada uma das poucas provas que
vinculam uma movimentação financeira de Fabrício
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