Clipping Banco Central (2021-11-13)

(Antfer) #1

Após queda de serviços, bancos preveem recessão em 2022


Banco Central do Brasil

O Globo/Nacional - Brasil
sábado, 13 de novembro de 2021
Banco Central - Perfil 1 - Produto Interno Bruto

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Autor: CAROLINA NALIN EIVAN MARTÍNEZ-VARGAS


Credit Suisse revisou suas expectativas para o Produto
Interno Bruto (PIB) e passou a prever recessão em



  1. A projeção passou de alta de 0, 6% para queda
    de 0, 5% no ano que vem.


No fim do mês passado, o Itaú já havia anunciado
estimativa de retração de 0, 5% no próximo ano.


A revisão do Credit Suisse, que rebaixou também a
projeção de 2021 de 5% para 4, 8%, foi feita após a
divulgação do resultado do setor de serviços em
setembro, que mostrou retração de 0, 6%. Analistas
previam alta de 0, 6%, segundo a agência Reuters.


Economistas - ressaltam que os dados de setembro
mostram resultados negativos generalizados na
atividade econômica: a indústria recuou 0, 4% e o
comércio, 1, 3% no mesmo mês. A inflação de outubro,
que acumula alta de 10, 67% em 12 meses, é outro
fator de preocupação.


'O resultado reforça o cenário de piora da atividade


econômica que tem sido visto nos últimos meses',
escreveram em relatório Solange Srour, economista-
chefe do Credit Suisse no Brasil, e Lucas Vilela,
economista do banco.

O Itaú também considerou o desempenho dos serviços
aquém das expectativas, o que deve levar o banco a
revisar para baixo sua projeção para o PIB deste ano,
segundo o economista-chefe do banco, Mário Mesquita.


  • Os dados de comércio e serviços vieram abaixo do
    que a gente esperava. Por ora, projetamos um
    crescimento de 5% em 2021, mas com esses dados é
    possível que a gente tenha de rever para baixo - disse.


O Credit Suisse enfatizou que a dinâmica fraca da
atividade econômica se deve a uma combinação de
ventos contrários de curto prazo, entre eles, a escassez
global de insumos. Mas há fatores mais persistentes,
como a inflação.

Os economistas preveem inflação de 6% no ano que
vem, acima do teto da meta, de 5%. 'O alto nível atual
de inflação provavelmente permanecerá elevado devido
à alta inércia no país; é improvável que o aperto recente
das condições financeiras recue fortemente, dado que a
taxa de política monetária provavelmente aumentará
muito mais e o quadro fiscal foi recentemente
enfraquecido; incerteza em relação ao cenário político
provavelmente permanecerá alta até que as eleições
presidenciais terminem no próximo ano', listaram os
economistas, em relatório.

A inflação, segundo Mesquita, tem contido o consumo e
a confiança das famílias e influenciado a desaceleração
econômica.

O banco também pode rever sua projeção de inflação
deste ano e do próximo, após as últimas divulgações.

A estimativa do banco para a Taxa Selic - de alta para
um patamar de até 11, 25% no próximo ano - também
pode ser revisada.
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