Banco Central do Brasil
O Globo/Nacional - Economia
sábado, 13 de novembro de 2021
Cenário Político-Econômico - Colunistas
mais. As pessoas não estão só se hospedando, elas
estão morando em Airbnbs.
Essas mudanças serão permanentes?
A flexibilidade veio para ficar. Não vamos voltar para
2019, nem ficar parados. Estamos vivendo um momento
altamente disruptivo. Mas se tem algo que veio para
ficar é 0 Zoom. E o home office.
Como estão as viagens internacionais?
Tínhamos 50% de reservas para destinos internacionais
antes da pandemia. Caiu para 20%. Agora está em 33%
e crescendo. Quando o presidente Joe Biden anunciou
a abertura das fronteiras dos EUA a partir de 8 de
novembro para viajantes internacionais, na semana
seguinte as reservas subiram 44%.
A América Latina foi a região que registrou o maior
crescimento em novas hospedagens listadas: 25%. O
que explica isso?
A região sai de uma base menor. Mas tem outras
razões, como o fato de que a indústria hoteleira não tem
tanta penetração na região. A população é jovem. E os
jovens não têm o hábito de ficar em hotéis. Para eles o
Airbnb não é uma alternativa, mas uma primeira opção
de hospedagem.
O Brasil é hoje um mercado doméstico para o Airbnb.
Como vê a perspectiva do país como destino
internacional?
Na Copa de 2014, 1 a cada 5 turistas estrangeiros se
hospedaram em um Airbnb. Era um destino popular. Na
pandemia, com as fronteiras fechadas, o país se
beneficiou do fato de ter um mercado doméstico
robusto. As pessoas adoram o Brasil. Quando for
possível viajar, elas vão voltar.
'Os turistas estão mais flexíveis e podem fazer viagens
mais frequentes, para mais destinos'
'As pessoas adoram o Brasil. Quando for possível viajar,
elas vão voltar'
Paralisia nos escritórios No fundo do poço, o mercado
de escritórios de alto padrão no Rio teve um respiro no
terceiro trimestre. Mas não há motivo para
comemoração. Um exemplo: faz seis trimestres que o
Porto Maravilha não registra absolutamente nenhuma
movimentação imobiliária corporativa, segundo
consultoria Binswanger. Ou seja, nenhuma empresa
nova aluga lajes de alto padrão na região há um ano e
meio. Outro sintoma da paralisia: não está previsto
qualquer lançamento de prédio corporativo na cidade
até 2023.
Tecnologia de jardim.
A Multilaser, que já vende mais de cinco mil produtos
diferentes, vai acrescentar mais uma linha à prateleira.
A fabricante está preparando sua entrada no ramo da
jardinagem, apostando que o home office reconciliou de
uma vez por todas os consumidores com a hortinha do
quintal. A Multilaser quer competir com marcas como
Tramontina sobretudo no nicho de ferramentas para o
jardim. A entrada se dará por meio de sua marca Up
Home, de utensílios domésticos.
Funkna Faria Lima KondZilla, considerado o rei dos
clips de funk, caiu de vez nas graças da Faria Lima.
Depois de se tornar investidor de start-ups e assinar
cheque ao lado de mega fundos globais, o produtor
musical acaba de ser convidado pelo Instituto XP para
ser jurado do Prêmio Educação Financeira Transforma.
Dono de um canal de YouTube com 65 milhões de
inscritos, KondZilla criou uma espécie de MTV on-line
do funk brasileiro. Recentemente, seu talento
empreendedor chamou atenção do circuito de venture
capital, e KondZilla participou de rodada de investimento
na Gabriel, start-up carioca de câmeras de segurança.
A guerra dos alinhadores A batalha pelo mercado do
Invisalign, alinhador dental transparente cuja patente
caiu há três anos, vai ganhar um novo competidor. A
Sorridents, rede de clínicas odontológicas voltada para
as classes C e D, está lançando um concorrente. O
Sorridents Aligner chegará às 480 unidades da rede