Clipping Banco Central (2021-11-13)

(Antfer) #1

Pleito legislativo aguça dificuldades de Fernández


Banco Central do Brasil

O Globo/Nacional - Mundo
sábado, 13 de novembro de 2021
Banco Central - Perfil 1 - FMI

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Autor: JANAÍNA FIGUEIREDO


O resultado não deverá trazer grandes surpresas, a
incógnita do momento são as consequências do revés
eleitoral que o governo do presidente argentino, Alberto
Fernández, deve sofrer nas eleições legislativas que
serão realizadas amanhã. Delas emergirá, afirmaram
analistas locais ouvidos pelo GLOBO, um Executivo
desgastado, numa coalizão de governo peronista em
crise. Tal cenário vem alimentando uma usina de
rumores sobre como fará a Casa Rosada para
completar o mandato presidencial que termina em 2023,
com um chefe de Estado que já é considerado por
muitos um cadáver político e está sob ataques da ala
governista comandada por sua vice-presidente, Cristina
Kirchner.


Em paralelo, surgem dilemas para uma oposição que
deverá confirmar e talvez até mesmo melhorar o
desempenho de seus candidatos nas Primárias Abertas
Simultâneas e Obrigatórias (Paso), realizadas em
setembro passado. O fenômeno eleitoral de Javier Milei,
candidato a deputado na capital pelo partido Avança
Liberdade, de extrema direita, preocupa a aliança


Juntos pela Mudança, na qual convivem o ex-presidente
Mauricio Macri (2015-2019), seus sucessores políticos,
com destaque para o prefeito de Buenos Aires, Horacio
Rodríguez Larreta, e a tradicional União Cívica Radical
(UCR).

DIREITA JÁ NÃO É MALVISTA

Sentindo-se esnobado por dirigentes que vêm
ganhando protagonismo no cenário nacional,
principalmente Larreta, o ex-presidente tem se mostrado
interessado numa aproximação com Milei, provocando
especulações sobre uma eventual frente de direita para
as eleições presidenciais de 2023.


  • Ele [Milei] expressa as ideias que eu sempre expressei

  • disse Macri recentemente, no que pareceu um recado
    para os que tentam minar sua liderança dentro da
    aliança opositora.


Na esteira do fortalecimentos da direita em países
vizinhos, entre eles Brasil e Chile, a Argentina vive um
movimento inédito desde a redemocratização do país,
em 1983. Ser de direita deixou de ser malvisto por
amplos setores da sociedade, de todas as classes
sociais. Essa novidade instala um dilema para a
coalizão Juntos pela Mudança, que, segundo analistas,
tem grandes chances de recuperar o poder daqui a dois
anos.

Na eleição de amanhã, os argentinos renovarão a
metade da Câmara e um terço do Senado, presidido por
Cristina. Atualmente, a governista Frente de Todos tem
120 deputados, de um total de 257, e seu objetivo
original era manter as 52 cadeiras que estão em jogo ou
até ampliar sua bancada. O cenário mais pessimista é o
de que o governo perca entre cinco e nove deputados.
Já a Juntos pela Mudança tem hoje 115cadeiras e
espera preservar as 60 que estarão em disputa, além de
conseguir mais seis ou até oito novos deputados.


  • O esperado é que a Juntos pela Mudança passe a ser
    a primeira minoria na Câmara. A grande questão é

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