Clipping Banco Central (2021-11-13)

(Antfer) #1

Acordo com FMI é vital para segurar a economia


Banco Central do Brasil

O Globo/Nacional - Mundo
sábado, 13 de novembro de 2021
Banco Central - Perfil 1 - FMI

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Faz tempo que investidores estrangeiros pensam duas
vezes antes de injetar dinheiro na economia argentina.
O temor de permanentes crises financeiras e políticas e
o endurecimento de regulações bancárias e cambiais
têm afugentado capitais externos e, segundo analistas,
o país corre sério risco de se tornar um pária em
matéria de captação de investimentos externos.


Nos últimos tempos, são escassos os anúncios de
novos investimentos estrangeiros. Um dos mais
recentes foi do grupo metalúrgico e de mineração
francês Eramet, que confirmou a construção de uma
planta produtora de lítio na província de Salta, o que
implicará um desembolso de US$ 400 milhões. Existem
atualmente 19 projetos de exploração de lítio no país,
que totalizam US$ 6, 4 bilhões em investimentos.


No mais, a Argentina continua sendo interessante para
empresas do setor petroleiro e, em alguns casos,
serviços. Mas grandes grupos econômicos, por exemplo
do setor de vendas no varejo, optaram por abandonar o
mercado argentino em consequência das permanentes
mudanças regulatórias, da alta carga tributária e da
pressão de movimentos sindicais, em alguns casos,


aliados do governo.

CRISTINA É CONTRA ACORDO

Em 2015, ano em que Mauricio Macriassumiua
Presidência (2015-2019), do total de investimento
estrangeiro direto destinado à América do Sul, em torno
de 10% foram absorvidos pela Argentina. Em 2020, o
percentual caiu para 6%. No mesmo ano, o investimento
no país despencou 47% frente ao ano anterior, bem
acima da média de queda da região, de 37%.

Esses são alguns dos dados que especialistas como
Gabriel Brasil, analista de risco político da consultoria
Control Risks, levam em consideração na hora de
avaliar a conveniência de recomendar a clientes apostar
no país vizinho.


  • O cenário argentino é bastante negativo há algum
    tempo. Mesmo com Macri, houve crescimento, mas era
    tudo muito errático - aponta o analista ao GLOBO.


Neste momento, analistas como Gabriel e outros estão
de olho nas negociações da Casa Rosada com o Fundo
Monetário - Internacional (FMI), para reestruturar uma
dívida de US$ 44 bilhões, assumida no governo Macri.
As conversas não vão bem, e muitos especulam com
um calote do governo de Alberto Fernández no
organismo.

Dentro do país, a ala kirchnerista do governo,
comandada pela vice-presidente Cristina Kirchner, faz
permanentes alertas sobre o perigo de selar um
entendimento com o Fundo quando 44% dos argentinos
vivem abaixo da linha da pobreza. A dívida com a
instituição tem um significado político: para Cristina e
aliados, o dinheiro foi dado a Macri para financiar sua
reeleição.

O cenário é delicado, num país que fechará o ano com
mais de 50% de inflação e no qual o governo apela a
iniciativas anacrônicas, entre elas o congelamento de
preços.
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