Entenda quais provas da rachadinha contra Flávio Bolsonaro ainda
valemBanco Central do BrasilFolha de S. Paulo/Nacional - Poder
sábado, 13 de novembro de 2021
Banco Central - Perfil 1 - COAFClique aqui para abrir a imagemO que foi decidido?
Por 4 votos a 1, a Quinta Turma do STJ entendeu que o
juiz Flávio Itabaiana, da 27ª Vara Criminal do Rio, não
tinha poderes para supervisionar a investigação contra o
filho mais velho do presidente Jair Bolsonaro. Foi o
magistrado que determinou as quebras de sigilos
bancário, fiscal e telemático, buscas e apreensões e a
prisão de Fabrício Queiroz, apontado como operador
financeiro do esquema.
Os ministros determinaram que todas as decisões do
magistrado sejam anuladas, o que invalida também as
provas obtidas a partir dessa autorização.
É possível reverter essa decisão?
O MP-RJ (Ministério Público do Rio de Janeiro) ainda
aguarda a notificação do STJ para avaliar as
possibilidades de recursos. O caso agora também
depende de decisões do STF (Supremo Tribunal
Federal) para ter sua viabilidade definida.
O principal processo no Supremo é um recurso do MP-
RJ questionando justamente o foro especial concedido a
Flávio pelo Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro e
confirmado agora pelo STJ. O caso está parado há mais
de um ano no gabinete do ministro Gilmar Mendes.Que provas foram anuladas?Todas as provas obtidas com autorização de Itabaiana
foram anuladas.Quebra de sigilos bancário e fiscalPrincipais provas da investigação, os dados fiscais e
bancários já haviam sido anulados em março pelo STJ.
Os ministros consideraram, na ocasião, que a decisão
do magistrado de primeira instância não tinha
fundamentação suficiente.Foi a partir dos dados bancários que os investigadores
identificaram que Queiroz recebeu depósitos de 12 ex-
assessores do hoje senador, que somavam R$ 2,08
milhões.Esses ex-assessores também sacaram R$ 2,15
milhões, recursos que os promotores afirmam ter sido
disponibilizados para a suposta organização criminosa.O MP-RJ ainda identificou a partir dos dados bancários
um depósito de Queiroz de R$ 25 mil na conta de
Fernanda Bolsonaro, uma semana antes de a mulher do
senador quitar a entrada de um apartamento adquirido
pelo casal.Os extratos também são relevantes para demonstrar a
tese de que o senador fazia seus gastos com dinheiro
vivo, já que as contas bancárias do casal não registram
pagamentos de impostos e serviços quitados.Eles apontam depósitos de R$ 159 mil na conta de
Flávio sem origem identificada entre 2014 e 2018.Também estão na quebra de sigilo bancário os registros
dos cheques de Queiroz e sua mulher para a primeira-