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Maioria da CCJ diz ser favorável à indicação de Mendonça para o STF


Banco Central do Brasil

O Globo/Nacional - Política
Thursday, November 25, 2021
Cenário Político-Econômico - Colunistas

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Autor: JULIA LINDNER E CAMILA ZARUR
politica&oglobo. com. br BRASÍLIA


A Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) do Senado
tem maioria para aprovar a indicação do ex-advogado-
geral da União André Mendonça ao Supremo Tribunal
Federal (STF). O GLOBO perguntou aos integrantes do
colegiado como votarão, e 14 dos 27 disseram
pretender aprovar o nome, enquanto um é contrário e
1l1 estão indecisos ou não quiseram responder. O
número de votos garantidos deve chegar a 15 com a
adesão, informada por aliados, da senadora Simone
Tebet (MDB-MS). Cedendo às pressões, o presidente
do CCJ, Davi Alcolumbre (DEM-AP), anunciou ontem
que a sabatina vai ocorrer na próxima semana, após
três meses de espera.


A aprovação na CCJ se dá por maioria simples dos
votos. O placar final, porém, é incerto, pois a votação é
secreta e pode haver traições. A sondagem atual mostra
uma pequena mudança positiva para Mendonça em
comparação ao mesmo levantamento feito pelo GLOBO
em agosto - na época, 13 senadores da comissão
afirmaram que votariam a favor, enquanto dois disseram


ser contra. Mendonça foi indicado pelo presidente Jair
Bolsonaro para a vaga do ministro Marco Aurélio Mello,
que se aposentou em julho.

Segundo os colunistas Lauro Jardim e Bela Megale, do
GLOBO, o Palácio do Planalto não está seguro da
aprovação do nome de Mendonça no plenário do
Senado, etapa posterior à CCJ. Já no entorno do ex-
AGU, o que inclui alguns senadores, a conta, segundo o
colunista Lauro Jardim, é que ele terá entre 45 e 50
votos de um mínimo de 41 necessários para ser
escolhido ministro do STF. Alcolumbre, por sua vez, que
segurou a sabatina por três meses, acredita que há 50
votos para reprovar Mendonça, segundo a colunista
Bela Megale.

Antes do anúncio da data da sabatina, Alcolumbre fez
ontem um desabafo sobre as cobranças que vinha
recebendo para pautar a indicação de Mendonça. Ele
disse que sofreu ataques religiosos e afirmou que todas
as indicações de autoridades são igualmente
importantes.


  • Confesso que pessoalmente me senti ofendido.
    Chegaram a envolver a minha religião. Chegaram ao
    cúmulo de levantar a questão religiosa sobre a sabatina
    de uma autoridade na CCJ, que nunca teve o critério
    religioso. Um judeu perseguindo um evangélico? Essa
    narrativa chegou ao meu estado, e eu tenho uma
    relação com todas as igrejas. O Estado brasileiro é
    laico.


QUESTÕES POLÊMICAS

Na CCJ, a senadora Simone Tebet (MDB-MS) preferiu
não revelar seu voto ao GLOBO. No entanto, aliados
sinalizam que ela deve apoiar a indicação do ex-AGU.
Já a senadora Eliane Nogueira (PP-PI), mãe e suplente
do ministro Ciro Nogueira (Casa Civil), deve seguir a
posição do filho e também apoiar Mendonça, embora
não tenha respondido ao levantamento.

A CCJ é a primeira etapa da tramitação no Senado da
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