Clipping Banco Central (2021-11-25)

(Antfer) #1
Social-democrata mantém estilo de Merkel para seguir passos da
chanceler

Banco Central do Brasil

O Estado de S. Paulo/Nacional - Internacional
Thursday, November 25, 2021
Banco Central - Perfil 1 - Davos

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Autor: Olaf Scholz


Como ministro das Finanças e vice-chance-ler de
Angela Merkel durante a pandemia, o social-democrata
Olaf Scholz, de 63 anos, construiu a reputação de ter
pulso firme na crise. Ele supervisionou a distribuição de
bilhões de euros para auxiliar no combate ao coronaví-
rus e ajuda de emergência às vítimas das enchentes no
oeste da Alemanha.


Ele foi apelidado de 'Schol-zomat' - algo parecido com
'Scholz tapete' - por seu estilo seco, quase chato, de
fazer política. Mas isso pode ter sido útil para ele com
os eleitores ainda ligados a Merkel, que não era
especialmente conhecida por discursos apaixonan-tes.
Apesar de ser de um partido diferente, ele se posicionou
como o sucessor natural após os 16 anos de Merkel no
poder.


HISTÓRICO. 'Obviamente, Merkel deixa um grande
impacto na cultura política da Alemanha por meio de
seu estilo de governo', afirmou o consultor político Frank


Stauss, que já trabalhou para o Partido Social-
Democrata (SPD) no passado. 'Scholz não é um clone
de Merkel, mas tem um estilo semelhante e proximidade
para atrair eleitores que podem estar procurando por
mais do mesmo.'

Social-democrata de longa data, Scholz nasceu em
Osna-brück, no Estado da Baixa Sa-xônia, oeste da
Alemanha, e foi criado na cidade de Hamburgo, onde foi
prefeito, de 2011 a 2018. Formado em Direito pela
Universidade de Hamburgo, ele também foi deputado e
ministro do Trabalho e Assuntos Sociais, no primeiro
gabinete de Merkel.

Sua carreira política já foi abalada por várias decisões
controvertidas. Quando era prefeito de Hamburgo,
Scholz enfrentou críticas pela repressão a protestos
durante a realização da cúpula do G-20, em 2017,
quando houve violência generalizada entre
manifestantes e policiais.

ESCÂNDALOS. No início deste ano, uma investigação
feita por deputados da oposição o acusou de falta de
transparência no esquema de fraude envolvendo a
fintech Wirecard, considerado um dos maiores
escândalos da Alemanha no pós-guerra. Ele rejeitou as
acusações e garantiu não ter qualquer responsabilidade
no caso.

Scholz também foi questionado em outra investigação,
para saber se influenciou autoridades fiscais em nome
de um banco de Hamburgo, em um escândalo de fraude
que privou o Estado alemão de bilhões de euros em
receitas. Ele também negou qualquer irregularidade e,
em última análise, nenhuma evidência concreta de
envolvimento dele foi apresentada.? wp

'Estamos unidos em nossa crença no progresso e no
fato de que a política pode fazer o bem. Estamos unidos
em nosso propósito de tornar a Alemanha melhor, levá-
la adiante e mantê-la unida'
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